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Valorização do dólar inverte sentido após fluxos voláteis no fim do trimestre

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6 Outubro 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A desvalorização de grande parte das moedas na semana passada inverteu o sentido das transações.

E
mbora o sentimento de risco não tenha sido o principal motor das tendências em qualquer um dos sentidos, os fluxos de re-equilíbrio dos ativos no final do terceiro trimestre, que são sempre imprevisíveis, atingiram desta vez o Dólar. A notícia no fim do dia de sexta-feira de que Trump havia testado positivo à COVID e que tinha sido hospitalizado não parece ter afetado significativamente os mercados monetários asiáticos no início de segunda-feira. No domingo, os médicos do presidente anunciaram que ele receberia alta já na segunda-feira, o que influenciou ligeiramente o sentimento de risco nos primeiros momentos de negociação da semana.

Esta semana, os mercados irão acompanhar a cada minuto a evolução da saúde de Trump. Na ausência de dados de movimentação do mercado das principais zonas monetárias, esperamos que a publicação das atas das últimas reuniões da Reserva Federal (quarta-feira) e do BCE (quinta-feira) venha a merecer a maior parte da atenção. Uma confirmação do recente impulso na liderança de Biden nas sondagens sobre Trump poderia também aumentar o sentimento, uma vez que diminui um pouco a probabilidade de vir a existir uma eleição contestada nos EUA.

EUR

O acontecimento chave na semana passada na Zona Euro foi a publicação de mais uma surpresa deflacionária no relatório das estimativas rápidas da inflação. O principal número da inflação subjacente, que exclui os componentes voláteis dos alimentos e da energia, caiu pelo segundo mês consecutivo para um mínimo histórico, situando-se desta vez em 0,2% ao longo dos últimos 12 meses. A publicação da ata da reunião do BCE assume uma importância acrescida, uma vez que as previsões de inflação do pessoal publicadas nessa altura parecem cada vez mais desajustadas da realidade. Na ausência de uma recuperação acentuada dos números da inflação de outubro, serão de esperar sinais conservadores da parte do BCE na reunião de outubro ou de dezembro.

 

GBP

Parece-nos que as negociações do Brexit serão mais uma vez disputadas. Diríamos que as duas partes estão mais próximas, mas ainda existem barreiras significativas, principalmente ao nível das quotas de pesca e da constituição de um mecanismo viável de resolução de conflitos. Sem novidades significativas à vista esta semana, os títulos sobre a negociação serão dominados pela Libra. Consideramos que existe margem para a Libra valorizar face ao Dólar americano, uma vez que na nossa opinião, a probabilidade de um Brexit sem acordo diminuiu.

 

USD

O relatório sobre o emprego de setembro deveria ser o grande acontecimento da semana para os mercados, mas foi de certa forma ensombrado pela notícia de que Trump e alguns membros de alto nível da sua administração tinham testado positivo e estavam a caminho quer do hospital quer do isolamento. À data do presente relatório, parece provável que Trump receba alta em breve, embora ainda não se conheça os efeitos da doença sobre o programa da campanha.

Quanto ao relatório sobre o desemprego, foi um tanto dececionante. Em setembro foi criado nos EUA menos emprego do que se esperava. Embora o desemprego tenha caído mais do que esperado, tal se deveu principalmente à retirada do mercado de trabalhadores ativos, o que não é um dado particularmente positivo. No entanto, os números dos dois meses anteriores foram revistos em alta e mantém-se uma sensação geral de que o mercado laboral está a recuperar rapidamente, embora esteja a partir de níveis deploráveis e tenha perdido algum ritmo.

 

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