Todos os olhos postos nas reuniões dos bancos centrais, Reserva Federal Americana e Banco Central Europeu

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12 Junho 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Depois de uma semana sem notícias, os mercados estão a preparar-se para as reuniões da Reserva Federal, quarta-feira, e do BCE, na quinta-feira.

A
semana passada não foi favorável ao dólar resultado da recuperação significativa dos preços das commodities e da melhoria do sentimento dos investidores a nível global. As principais tendências para 2023 continuam a impulsionar os mercados: um dólar fraco e um desempenho particularmente forte das moedas correlacionadas com as commodities. As divisas latino-americanas continuam a brilhar e, no extremo oposto, temos a lira turca, que continua a desvalorizar semana após semana, à medida que os mercados perdem a paciência com as fracas noções fiscais e monetárias de Erdogan.

Depois de uma semana sem notícias, os mercados estão a preparar-se para as reuniões da Reserva Federal, quarta-feira, e do BCE, na quinta-feira. Os mercados estão a considerar uma probabilidade de 30% para o cenário de uma nova subida da Reserva Federal. No entanto, a divulgação do relatório sobre a inflação de Maio no dia anterior significa que alguns membros do FOMC provavelmente só decidirão o seu voto no dia da reunião. A decisão do BCE é mais fácil de antecipar, com os mercados e os analistas a concordarem quase unanimemente numa subida de 25 pontos base; a chave serão as novas previsões dos membros do BCE e o carácter hawkish das comunicações de Lagarde. Tendo todos estes fatores em conta, esperamos uma semana de elevada volatilidade.

EUR

O relatório final do PIB para o primeiro trimestre de 2023 mostrou que a Zona Euro entrou numa recessão, embora apenas pela definição mais técnica do termo: dois trimestres consecutivos de uma pequena contracção de 0,1%.

Pensamos, no entanto, que a recessão técnica se deve sobretudo a factores pontuais e que a economia da Zona Euro está bem preparada para ter um bom desempenho nos próximos trimestres, uma vez que os preços mais baixos da energia e um mercado de trabalho apertado apoiam as despesas das famílias. A retórica “hawkish” esperada do BCE também deve apoiar a moeda comum.

USD

Os dois grandes eventos seguidos desta semana podem finalmente fazer com que o dólar saia da faixa indecisa onde tem estado recentemente. Na terça-feira, teremos o relatório de inflação de Maio. Mesmo uma pequena surpresa em relação às expectativas poderia ser suficiente para inclinar a decisão do dia seguinte para uma subida.

Estamos a seguir o consenso do mercado pela primeira vez em muitos meses, mas esperamos dissidências e comunicações hawkish que tornem claro que o próximo movimento nas taxas é mais provável que seja para cima do que para baixo. No entanto, estamos muito mais perto do fim deste ciclo de subidas nos EUA do que na Zona Euro, pelo que esperamos que o dólar tenha um desempenho inferior a médio prazo.

GBP

A libra esterlina continua a valorizar em relação ao dólar e ao euro, uma vez que os mercados esperam que o Banco de Inglaterra reaja à inflação persistente aumentando as taxas bem acima dos 5%. Os dados macroeconómicos desta semana podem fornecer a próxima etapa para a libra.

Espera-se outro forte relatório do mercado de trabalho, com os salários a crescerem a uma taxa próxima de 7%. O PIB mensal de Abril deverá, entretanto, marcar um regresso ao crescimento.

 

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