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Surpresa na inflação americana faz disparar Dólar

( tempo de leitura: 3 minutos )

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18 Julho 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Há algum tempo que pico na inflação norte-americana tem sido adiado, e junho não foi exceção.

A
surpresa desagradável fez disparar o Dólar, embora o Euro se tenha agarrado com força à paridade de elevado significado psicológico e, após uma breve queda, tenha conseguiu terminar a semana acima. Os mercados estão a apostar na possibilidade de uma subida quase sem precedentes de 100 p.b. na próxima reunião da Reserva Federal e, neste contexto, é algo tranquilizador o facto de os ativos de risco e os mercados bolsistas e as moedas dos mercados emergentes tenham conseguido terminar a semana sem grandes variações ou em ligeira descida.

Todos os olhos estão agora postos na reunião do BCE na próxima quinta-feira. Face a uma subida certa de 25 p.b. e os mercados a preverem uma probabilidade de 10% de uma subida surpresa de 50 p.b., haverá espaço para a valorização da moeda se o BCE decidir dar um abanão aos mercados. O Banco do Japão também irá reunir e deverá anter-se de fora desta política monetária, agarrando-se ainda à sua posição extremamente acomodatícia pré- inflacionária. A inflação no Reino Unido (terça feira) e os índices de atividade do PMI de julho nas maiores economias irão contribuir para uma semana extremamente movimentada.

EUR

Notícias da economia da Zona Euro na semana passada dão conta de uma forte contração no registo automóvel, mas também de uma surpresa positiva em maio na produção industrial. Os mercados ignoraram completamente os dados de segunda linha e estão concentrados em dois acontecimentos chave. Para além da reunião do BCE na quinta-feira, o gasoduto Nordstream está programado para retomar a distribuição de gás no mesmo dia, o que poderá provocar uma grande volatilidade nos mercados.

O mercado aposta numa subida de 25 p.b., o que ajudará o BCE a surpreender os mercados e retomar a credibilidade na sua luta contra a inflação. Mas talvez mais importante do que a mudança de política será o nível de consenso que terá conseguido reunir em torno do conjunto de ferramentas contra a fragmentação financeira, o que é um eufemismo para reiniciar a compra de obrigações fracas de países periféricos utilizando Euros recém-impressos. Esta promete ser uma das semanas mais movimentadas em muitos meses em termos de transações da moeda comum.

USD

A esperança de que a inflação nos EUA tenha visto o seu pico, alimentada pelo relatório de dados da inflação do mês passado, foi frustrada por mais uma surpresa desagradável no relatório do IPC de junho.

No entanto, pensamos que aumentos acima de 75 p.b. são improváveis e que os mercados se anteciparam a refletir essa probabilidade, além de que a valorização acelerada do Dólar parece suscetível a uma correção dessas expetativas. Esta semana o Dólar irá ceder o lugar a outras moedas, em particular o Euro, uma vez que apenas haverá publicação de dados de segunda linha. Desta vez o Dólar deverá negociar com base em acontecimentos noutras geografias.

GBP

Dados económicos sólidos de maio publicados na semana passada no Reino Unido pouco fizeram para ajudar a Libra, que na semana passada caiu face a todos os pares do G10 exceto o Iene japonês. Os dados do IPC na quarta-feira deverão refletir mais um recorde de várias décadas, o que, juntamente com os recentes discursos conservadores do Banco de Inglaterra deverá ir ao encontro da nossa expetativa de uma subida de 50 p.b. em agosto.

O relatório sobre o mercado de trabalho desta semana também nos dirá se o processo de fixação dos salários dará sinais de uma segunda vaga de efeitos inflacionistas. Esta semana extremamente preenchida encerrará com os dados dos índices PMI de atividade das empresas e existe consenso de que todos irão manter-se dentro de níveis expansionistas.

 

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