Recuperação do dólar é atenuada com a subida das taxas

( tempo de leitura: 3 minutos )

  • Voltar
  • Análise do Mercado de Câmbios
    Análise do Mercado de Câmbios|Geral
    Análise do Mercado de Câmbios|Relatórios especiais
    Comércio Internacional
    Comércio Internacional|Finanças para empresas
    Finanças para empresas
    Finanças para empresas|Fintech
    Finanças para empresas|Sobre a Ebury
    Fintech
    Fraude
    Geral
    Imprensa
    Relatórios especiais
    Sobre a Ebury
  • Latest

9 Outubro 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Na semana passada a notícia mais relevante nos mercados financeiros continuou a ser a subida das taxas de juro de longo prazo em todo o mundo, liderada pelos títulos do Tesouro Americano.

N
o entanto, estas subidas nas taxas não foram suficientes para dar suporte ao dólar que acabou por perder terreno face à maioria das moedas. As principais excepções foram as moedas correlacionadas com matérias-primas, que sofreram com a queda do petróleo. O forte relatório do mapa salarial não agrícola dos EUA atenuou a ideia de que a economia dos EUA está a abrandar, e os mercados estão novamente a atribuir uma probabilidade de 50% de uma nova subida na taxa de juro por parte da Reserva Federal, perturbando ainda mais os mercados de rendimento fixo.

O ataque do Hamas a Israel durante o fim de semana é outra fonte de incerteza, que se fará sentir nos mercados principalmente através do preço do petróleo e da pressão sobre a inflação que lhe é associada. A questão fundamental é saber se o maior sell off da história de títulos do Tesouro Americano irá continuar, arrastando consigo os ativos de risco e fazendo valorizar o dólar. Neste contexto, o relatório de inflação dos EUA relativo a Setembro, publicado na quinta-feira, assume uma importância acrescida. Quaisquer sinais de uma pressão inflacionista moderada seriam muito bem recebidos pelos mercados e poderiam resultar numa recuperação significativa do euro.

EUR

A resiliência do euro na semana passada, devido aos rendimentos do Tesouro Americano cada vez mais elevados e às fracas vendas a retalho da zona euro em Agosto, dão alguma esperança de que os níveis actuais já estejam a prever um resultado bastante negativo para a economia europeia.

Esta semana, a atenção deve centrar-se nos dados relativos ao crédito para Setembro, um indicador ambíguo mas muito pertinente da atividade empresarial. Qualquer coisa que se afaste dos cenários sombrios atualmente previstos poderá dar um impulso ao euro.

USD

A economia dos EUA parece ter ignorado o aumento mais rápido da taxa de juro na sua história, e os títulos do Tesouro continuam a vender-se à medida que os mercados se deparam com a possibilidade de uma nova subida. O relatório de inflação de Setembro é o próximo, e os animos agitados nos mercados de obrigações podem não reagir bem a uma surpresa positiva.

As expectativas, no entanto, são de números relativamente moderados, o que confirmaria a tendência de queda suave da inflação que o Fed deseja.

GBP

Numa semana sem dados, a libra teve um desempenho satisfatório, recuperando face ao euro e ao dólar após semanas de perdas. Esta semana, há uma série de dados prometedores, incluindo o PIB mensal, a produção industrial e a construção.

Estes dados deverão apresentar um quadro de crescimento moderado. Os dados do PIB, em particular, tendem a apresentar surpresas positivas ultimamente, o que poderia trabalhar em favor da libra esterlina esta semana.

 

🔊 Quer estar por dentro de todas as novidades do mercado cambial? Não perca o FXTalk!.

Quer saber mais sobre o mercado de câmbios e como os nossos peritos o podem ajudar?. Contacte-nos.

Partilhar