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Mercados desvalorizam agitação em Washington

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11 Janeiro 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os incidentes extraordinários ocorridos no Capitólio americano na semana passada não impressionaram os mercados financeiros.

A
pós várias semanas de perdas, as ações americanas atingiram novos máximos, as taxas continuaram a subir, tal como as mercadorias, e o Dólar americano estabilizou. Notoriamente, os investidores consideraram que o Congresso dos EUA nunca foi seriamente ameaçado pelos motins no Capitólio, e estão a antecipar um ciclo político em que os Democratas controlam todos os ramos do governo.

À medida que as vacinas COVID vão sendo distribuídas, dados retrospetivos, como o fraco desempenho do emprego nos EUA na semana passada, não afetam particularmente os mercados, que estão mais concentrados nos números sobre a confiança dos consumidores e das empresas, bem como nos anúncios de confinamento. Enquanto o congresso dos EUA se foca num segundo processo de destituição de Trump, a principal notícia prevista para a próxima semana será a divulgação de dados sobre a inflação nos EUA na quarta-feira. Será muito interessante verificar se os números reais validam o recente aumento das expectativas da inflação do mercado norte-americano.

GBP

Agora que foi alcançado um acordo entre o Reino Unido e a UE, os mercados monetários estão a transferir a atenção do Brexit para os anúncios de medidas de confinamento no Reino Unido. À data em que escrevemos este relatório, as notícias de que o governo britânico está a considerar medidas ainda mais rigorosas do que as que já estão em vigor estão a afetar a Libra neste início de segunda-feira nos mercados asiáticos. Pelo lado positivo, a vacinação está a avançar a um ritmo mais rápido no Reino Unido do que na Europa, o que é um bom augúrio para as perspetivas de uma recuperação económica do Reino Unido a meio do ano e deve oferecer apoio à Libra.

 

EUR

A estrondosa recuperação do Euro nas últimas semanas está a perder alguma força, em parte devido à notícia de que a distribuição da vacina na generalidade da Europa está aquém das previsões dos Estados e dos números da vacinação nos EUA e no Reino Unido. Esta evolução é determinante para a nossa previsão de uma recuperação económica mais rápida do que o esperado assim que as medidas de confinamento começarem a ser levantadas. Ainda é cedo, mas acompanharemos de muito perto estes números, e suspeitamos que os mercados financeiros façam o mesmo. Por agora, continuamos com perspetivas positivas sobre o Euro a longo prazo, mas contamos com algumas semanas de consolidação após a sua forte valorização nas últimas semanas.

 

USD

Os mercados decidiram encarar positivamente a distribuição das vacinas e o levantamento das restrições em meados de 2021. Estão a desvalorizar a agitação política nos EUA, e também os dececionantes dados laborais de dezembro publicados na semana passada. Os dados muito fracos relativos à indústria do turismo e do lazer arrastaram para baixo a criação total de empregos, e os EUA sofreram uma perda líquida de empregos pela primeira vez desde os piores momentos da pandemia. A vitória dos Democratas nas duas corridas da Geórgia para o Senado reforça a probabilidade de existir um maior estímulo fiscal. A curto prazo, pensamos que os rendimentos mais elevados dos EUA daí resultantes proporcionarão um suporte para o Dólar americano. No entanto, mantemos a nossa visão de queda do Dólar a longo prazo.

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