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Mercados de divisas levam bancos centrais a avançar a passos largos

( tempo de leitura: 3 minutos )

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30 Agosto 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A reunião anual dos bancos centrais em Jackson Hole resultou numa mensagem inequívoca, liderada pelo presidente do Fed, Collin Powell, num discurso muito claro e conciso.

C
ontudo, os mercados monetários pareciam já contar com esta evolução e a reação foi relativamente discreta. Todas as moedas do G10 estão agora dentro do intervalo de 1% relativamente ao início da semana passada e muitas das moedas dos mercados emergentes até estão mais altas, com o Peso chileno e as moedas latino-americanas em geral à frente do pelotão. Até o Euro conseguiu encontrar alguma base sólida ao nível da paridade, apesar da explosão dos mercados de eletricidade. Os comentários dos funcionários do BCE sobre a necessidade de controlar a inflação foram invulgarmente agressivos, tendo-se falado de um movimento maciço de 75 p.b. na reunião de setembro, e isto está a conseguir travar a queda da moeda comum por agora.

Os investidores continuam a concentrar-se na incrível volatilidade dos preços do gás e da eletricidade na Europa, o que já levou a declarações de emergência de funcionários da UE que pedem limitação dos preços e racionamento. Os detalhes completos deste plano surgirão nos próximos dias e prevemos que sejam os principais impulsionadores do mercado. Os dados sobre a inflação na Zona Euro e o PMI chinês, que serão conhecidos na quarta-feira, juntamente com o relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA de sexta-feira, trarão novas leituras sobre o equilíbrio entre a inflação e o crescimento económico a nível mundial.

EUR

Os índices PMI das atividades empresariais foram mais fracos do que o esperado e são agora consistentes com uma ligeira contração da atividade económica. Os mercados do gás natural e da eletricidade continuam a estabelecer novos recordes em virtude dos receios de escassez de gás e, à hora em que escrevemos este relatório, a UE acaba de anunciar o que parece ser o início de um racionamento de facto nestes mercados. Nada disto trava o BCE, cujos funcionários estão a preparar os mercados para um forte e sustentado aumento das taxas de juro, que poderá começar com um movimento maciço de 75 p.b. em setembro.

O Euro continua a rondar a paridade, sob a ameaça de recessão mas impulsionado pelo estreitamento da diferença entre as taxas de juro europeias e americanas. Esta semana, todas as atenções estarão viradas para o relatório da inflação de agosto, divulgado na quarta-feira. O BCE pode esperar pouco alívio, tanto com a inflação global como a subjacente (mais preocupante) prestes a atingir recordes de várias décadas.

USD

A dicotomia entre a confiança das empresas e a solidez do mercado de trabalho foi evidente também nos EUA na semana passada. Os índices PMI foram pouco animadores, mas os pedidos de subsídio de desemprego permanecem muito baixos, o que é um indicador da resistência do mercado de trabalho. A Reserva Federal continua a concentrar-se na inflação, apesar de alguns sinais iniciais de alívio, e o Presidente Powell deixou isso bem claro no seu discurso, curto e frontal, em Jackson Hole.

Decisivo na próxima semana será o relatório de agosto sobre os salários, que se espera mostrar mais uma vez uma sólida criação de emprego, um mercado de trabalho em pleno emprego e um forte crescimento salarial, embora não suficientemente forte para acompanhar a inflação neste momento. Entretanto, as taxas continuam a subir e ainda há margem para os EUA se juntarem ao Reino Unido e à Nova Zelândia e acomodarem taxas da Reserva Federal acima dos 4%.

GBP

A economia britânica, como a maioria das economias do G10, está a demonstrar uma forte divergência entre um setor de serviços resiliente, impulsionado pelo pleno emprego e pela situação financeira das famílias, e uma indústria transformadora em dificuldades, prejudicada por aumentos maciços dos preços da energia e por problemas persistentes na cadeia de fornecimento. Por enquanto, a economia não se encontra em recessão e o Banco de Inglaterra está a concentrar-se inteiramente na contenção da inflação.

O Reino Unido é agora a segunda economia do G10 em que os mercados esperam que as taxas de juro cheguem aos 4%, logo atrás da Nova Zelândia. Isto deverá ser favorável à Libra esterlina a médio prazo, embora para já os mercados estejam a concentrar-se nos aspetos negativos. Sem grandes notícias económicas ou de política na calha, a Libra deverá seguir de perto o Euro em relação ao Dólar americano.

 

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