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Explosão do mercado obrigacionista faz disparar Euro e Dólar americano

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1 Março 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A semana louca dos mercados obrigacionistas alastrou claramente para os mercados cambiais. Um leilão de obrigações do Tesouro americano com fraco desempenho serviu de catalisador para uma subida acentuada das rentabilidades.

N
ão existem dúvidas de que os investidores em obrigações ficaram assustados com a política monetária favorável à inflação e a onda de oferta que inundou os mercados como resultado de défices orçamentais monumentais por quase toda a parte. As moedas do G10 e dos mercados emergentes desvalorizaram todas ao mesmo tempo, com apenas duas exceções: o Euro e o Yuan chinês. Este último comporta-se cada vez mais como um porto seguro e uma reserva de valor de confiança em tempos de volatilidade.

Na próxima semana, as atenções estarão concentradas no mercado das obrigações. A desvalorização caótica nestes mercados parece-nos ser ainda o maior risco negativo nas nossas previsões macroeconómicas otimistas. No entanto, continuamos a acreditar que é pouco provável que aconteça. Enquanto prevemos que as rentabilidades no final do ano sejam significativamente mais elevadas, antecipamos uma alienação gradual, para já sem efeitos significativos quer sobre os ativos de risco, quer sobre o crescimento económico.

Esta semana será ainda rica em dados. As estimativas sobre a inflação da Zona Euro de fevereiro saem na terça-feira, e contamos que as notícias excedam as expetativas. Por fim, o relatório sobre o emprego nos EUA em fevereiro, que será publicado na sexta-feira, deverá ser consistente com um mercado laboral que continua a recuperar dos danos infligidos pela pandemia.

GBP

A Libra resistiu melhor ao caos dos mercados obrigacionistas na semana passada dos que os seus pares do G10, com a exceção do Euro e do Dólar americano. Os números da vacinação, em que o Reino Unido lidera, à frente de todos os outros principais países, continuam a favorecer a moeda. A principal notícia esta semana será o anúncio do orçamento do Estado na quarta-feira. Na atual conjuntura, qualquer sinal do mais ligeiro aperto na política fiscal poderá influenciar positivamente a Libra.

 

EUR

Numa semana sem muitas novidades para além da agitação nos mercados obrigacionistas, o Euro revelou uma resistência surpreendente. É muito provável que o Euro tenha sido usado para financiar operações de “carry trade”, em que os investidores adquirem a moeda comum com posições curtas e compram as moedas que ainda oferecem taxas de juro positivas. Acreditamos que o desenrolar destas operações, em paralelo com a fuga ao risco, tenha dado suporte.

Nesta semana os olhos estarão postos nos dados sobre a inflação. Contamos ainda com surpresas positivas sobre a inflação em todo mundo, à medida que balanços do consumo mais saudáveis e a procura reprimida colidem com cadeias de fornecimento ainda debilitadas. A inflação na terça-feira não deve ser exceção.

 

USD

Na semana passada, as notícias económicas de segundo grau dos Estados Unidos mantiveram a recente tendência de surpresas positivas. O forte comportamento das encomendas de bens duráveis foi particularmente surpreendente, um sinal de que as famílias e as empresas estão a tirar partido da elevada flexibilidade das condições monetárias e fiscais. Não vemos razão para alterar a nossa perspetiva muito otimista para a economia dos EUA, especialmente à medida que a última vaga da COVID recua e o esforço de vacinação supera a maioria dos principais países. As atenções estão agora viradas para o relatório dos salários de sexta-feira, que deverá mostrar um mercado de trabalho que deu a volta, com a criação saudável de empregos e a redução nos números do desemprego.

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