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Europa de leste em alta com postura contracionista dos bancos centrais

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24 Maio 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Numa semana com poucas variações de relevância entre as principais moedas, a viragem dos bancos centrais da Europa de leste para uma postura contracionista foi o centro das atenções e arrastou o Zloty polaco e o Forint húngaro para o topo da classificação.

O
s preços das mercadorias contraíram, o que tem o efeito previsível sobre as moedas dependentes do petróleo, numa semana em que o Peso chileno e a Coroa norueguesa foram os grandes perdedores. A primeira foi arrastada tanto pela queda dos preços do cobre como pelo resultado incerto das eleições para a assembleia constitucional.

O fluxo de dados mundiais foram confusos, apontando para alguma debilidade nos Estados Unidos da América. Contudo, os índices PMI da atividade comercial, na nossa opinião os melhores indicadores da atividade económica, registaram fortes recuperações e superaram as expetativas na zona Euro, nos EUA e no Reino Unido, o que é um bom presságio para a nossa visão otimista da economia mundial este ano.

Pensamos que a divulgação de dados sobre a inflação tornou-se agora o principal foco dos mercados, e o câmbio não é exceção. O deflator de consumo privado, a medida de inflação preferida da Reserva Federal nos EUA, é anunciado na sexta-feira. Outra surpresa positiva poderá agitar os mercados acionistas em todo o mundo.

GBP

Na semana passada, a Libra esterlina ultrapassou o Euro e foi a moeda do G10 com o melhor desempenho. O desemprego caiu em abril, as vendas a retalho cresceram uns impressionantes 9%, mas mais importante ainda o índice PMI permaneceu a um nível muito elevado de 62, indicando uma expansão muito forte em todos os setores. A inflação subiu, embora de forma modesta e de acordo com as expetativas. Este é um cenário geralmente positivo e mantemo-nos otimistas em relação à Libra, embora com alguma cautela já que as notícias em torno da propagação da variante indiana da COVID constituem o principal risco para as nossas perspetivas para o Reino Unido.

 

EUR

As notícias de crescimento no primeiro trimestre foram fracas como se esperava, mas os mercados olharam para além desses dados desfasados e ficaram confortados com o aumento acentuado e inesperado do índice de serviços PMI, que elevou os dados compostos para 56,9, o nível mais alto até agora na recuperação do pandemia e um prenúncio de dias melhores. Os dados provisórios da inflação serão divulgados apenas na próxima semana. Contamos com uma subida do Euro à medida que os mercados digerem a realidade da convergência nas taxas de vacinação e da recuperação económica entre os EUA e a Zona Euro.

 

USD

Enquanto as taxas dos EUA continuam a ser negociadas em intervalos apertados, a ata da reunião de abril da Reserva Federal, divulgada na semana passada, mostrou que uma minoria de membros está, no mínimo, um pouco desconfortável com a viragem dramática da instituição para uma posição de tolerância à inflação. Por enquanto, o mercado não espera que a Reserva Federal americana reduza as aquisições de obrigações do Tesouro até 2022. Pensamos que nos próximos meses a inflação tenderá a surpreender positivamente, mas concordamos que o Fed colocou uma fasquia muito elevada para a saída da sua posição extremamente acomodativa. A combinação de pressões inflacionistas e a relutância da Reserva Federal em retirar os estímulos continuará a pesar sobre o Dólar nos próximos meses.

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