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Dólar retrocede nos ganhos após desvalorização por parte de Powell das projeções de aumento das taxas

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2 Agosto 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

O alívio dos receios relativamente à variante delta e um conjunto de comunicações cautelosas da Reserva Federal impulsionaram a subida das moedas de risco e fizeram com que o dólar retrocedesse na maior parte dos seus ganhos recentes na semana passada.

A
reunião do FOMC na semana passada transmitiu mensagens algo contraditórias, embora os investidores se tenham agarrado à insistência do Presidente Powell de que o recente pico de inflação nos EUA é provavelmente temporário e que a subida das taxas de juro está “a um passo de distância”. Powell não se mostrou muito preocupado com a propagação da variante delta, embora pensemos que os receios acrescidos com o vírus deram aos bancos centrais, pelo menos, um motivo para serem cautelosos. A reunião do Banco de Inglaterra terá lugar na próxima quinta-feira. É de esperar que acrescente muito pouco e que tenhamos de aguardar até à reunião de setembro para que sejam delineados planos de normalização de políticas.

Salvo quaisquer surpresas do Banco de Inglaterra, o relatório sobre o emprego nos EUA desta sexta-feira será provavelmente o principal risco para os mercados cambiais esta semana. Contudo, estaremos atentos aos números PMI revistos para a Zona Euro (segunda e quarta-feira) e à reunião do Banco da Reserva da Austrália de terça-feira. Relativamente a esta última, espera-se uma inversão no que respeita à recente decisão de limitar a compra de ativos.

GBP

A última quinzena foi um período de bastante agitação para a libra esterlina. A libra caiu drasticamente após o “Dia da Liberdade” no Reino Unido, uma vez que os investidores temiam que a rápida eliminação de quase todas as medidas de confinamento desse origem a surtos de infeção e ao restabelecimento das medidas restritivas num futuro não muito distante. Na verdade, até agora temos vindo a testemunhar precisamente o oposto, com o número de novos casos a cair para cerca de metade em relação ao pico de 17 de julho. Ainda é cedo para dizer, mas este é um sinal encorajador e que tem permitido à libra esterlina subir acentuadamente para máximos de há cinco semanas relativamente ao dólar.

Tal como mencionado, não esperamos demasiados festejos por parte do Banco de Inglaterra esta semana. Parece continuar a existir uma divisão entre os membros do Comité de Política Monetária quanto à natureza do recente pico de inflação e, com os receios associados à variante delta em segundo plano, teremos provavelmente de esperar até à reunião de setembro para quaisquer comunicados significativos sobre novas políticas.

 

EUR

Um conjunto relativamente encorajador de dados macroeconómicos ajudou o euro a crescer brevemente acima do nível de 1,19 comparativamente ao dólar na semana passada. Os números do PIB do segundo trimestre surpreenderam pela positiva, com um crescimento de 2% em relação ao trimestre anterior comparativamente aos 1,5% esperados. Houve também uma queda maior do que o esperado da taxa de desemprego e um aumento acentuado da inflação na Alemanha. Até agora, as pressões inflacionistas na Zona Euro têm-se mantido atrás de muitos dos pares do G10, mas será interessante ver como reagirá o até agora conservador BCE caso esta subida de preços se revele generalizada e sustentada.

Eventualmente, será pouco provável que os dados PMI revistos da Zona Euro para esta semana venham agitar o quadro atual, pelo que iremos ver o euro a oscilar com base noutros eventos, nomeadamente o relatório sobre o emprego nos EUA na sexta-feira.

 

USD

A reunião do FOMC na semana passada ditou a queda drástica do dólar comparativamente a quase todos os seus pares, sendo que esta manhã o índice do dólar foi novamente negociado a níveis que rondam os mínimos a um mês. Powell não pareceu particularmente preocupado com a recente propagação da variante delta. Afirmou que as implicações económicas tendem a ser menores a cada sucessiva vaga do vírus e que era razoável supor que desta vez seria também esse o caso. Também minimizou o impacto do aumento da inflação nos EUA. Na nossa opinião, a insistência de que o recente pico de inflação será temporário faz com que seja pouco provável que tenhamos novidades sobre o estreitamento na conferência de Jackson Hole em agosto. Talvez tenhamos de aguardar até à reunião de setembro do FOMC.

Entretanto, o relatório sobre o emprego nos EUA desta sexta-feira será fundamental para o dólar. Parece que o mercado tem expetativas relativamente elevadas, pelo que os riscos para o dólar americano poderão estar enviesados pela negativa.

 

 

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