Dólar recupera, esta semana o foco estará nas reuniões da FED e BCE

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24 Julho 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A valorização do euro face ao dólar parecia-nos estar a ser exagerada e, na semana passada, o desenvolvimento do mercado pareceu confirmar a nossa opinião.

O
dólar recuperou de forma generalizada sem qualquer anúncio em particular, impulsionado por fatores técnicos e não por fatores fundamentais. O consenso de baixa sobre o dólar, à medida que a desinflação se instala nos EUA, significa um posicionamento alargado por todos os investidores que é suscetível de um retrocesso, e foi isso que pareceu acontecer na semana passada. O dólar caiu contra todas as principais moedas do mundo, com exceção do peso colombiano, que continua a beneficiar de taxas de juro muito elevadas e é atualmente a moeda com melhor desempenho em todo o mundo até à data.

Esta semana será repleta de publicações de dados críticos e de notícias de política económica. A reunião da Reserva Federal, na quarta-feira, é seguida pela reunião do Banco Central Europeu, na quinta-feira. A opinião é praticamente unânime, espera-se que ambos aumentem a taxa de juro em 25 pontos base. No entanto, estima-se que a Fed comunique uma pausa, enquanto o BCE tem ainda trabalho a fazer. Os índices PMI de Julho na Europa e no Reino Unido foram um foco de atenção esta manhã, o mesmo irá acontecer com o relatório de inflação PCE dos EUA, na sexta-feira.

GBP

O sell-off em moedas europeias atingiu a libra esterlina de forma particularmente dura após um relatório de inflação surpreendentemente suave. Esta foi a primeira vez em muitos meses que o Banco de Inglaterra recebeu boas notícias sobre a inflação. É demasiado cedo para assumir que a tendência de desinflação visível nos EUA também se enraizou no Reino Unido, mas é certamente um sinal de esperança.

Os mercados continuam a prever 50% de probabilidades de uma subida gigantesca de 50 pontos base na taxa de juro para a reunião de Agosto, e é muito provável que as taxas do Reino Unido acabem por permanecer mais elevadas durante mais tempo do que as de qualquer outro país do G10, o que deverá continuar a apoiar a libra.

O EURO

O BCE continua a debater-se com o problema da inflação. De acordo com o índice de base, a tendência de desinflação evidente nos EUA ainda não atravessou o Atlântico. A ligeira revisão em alta da semana passada do índice de inflação de Junho confirmou que o BCE ainda tem trabalho a fazer.

A subida das taxas de juro para 4% na reunião desta semana é quase uma certeza. Os investidores estarão muito atentos às declarações da reunião. Em particular, o equilíbrio do BCE entre o enfraquecimento do crescimento económico e a inflação persistentemente elevada deverá ser o principal impulsionador da moeda comum até ao final do mês de Agosto.

USD

Há talvez menos incerteza em relação à reunião da Reserva Federal esta semana do que em comparação com a reunião do BCE. Espera-se que a reunião da Reserva Federal na quarta-feira tenha um impacto limitado sobre a questão da recuperação do dólar a curto prazo.

O resultado mais provável é uma subida, seguida de uma retórica ligeiramente hawkish que não mudará a narrativa: as excelentes notícias sobre a inflação nos EUA significam que a Fed pode tirar o pé do travão e esperar alguns meses por novos desenvolvimentos. Desde que o crescimento económico a nível mundial se mantenha estável, o dólar deverá poder resvalar gradualmente em relação aos seus pares mais importantes.

 

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