Dólar reage ao regresso das preocupações com a inflação nos EUA

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16 Outubro 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A crise no Médio Oriente está, por enquanto, a ter um impacto discreto nas principais moedas, que continuam a ser impulsionadas principalmente pelos números da inflação e pelas comunicações e decisões dos bancos centrais.

O
relatório de inflação de Setembro dos Estados Unidos da América mostrou sinais de que a tendência de abrandamento está a perder força e os retornos sobre os títulos do Tesouro Americano recuperaram, valorizando o dólar contra a maioria das moedas mundiais. A principal exceção foram as moedas latino-americanas, que beneficiaram do aumento dos preços do petróleo. O zloty polaco subiu no domingo à noite, na sequência dos resultados das eleições ganhas pelos partidos da oposição preferidos pela União Europeia.

Os dados do mercado de trabalho (terça-feira) e da inflação (quarta-feira) do Reino Unido, e da inflação do Japão (sexta-feira) serão os principais pontos de atenção para as moedas do G10. Os discursos dos responsáveis dos bancos centrais da Reserva Federal, do Banco Central Europeu e do Banco de Inglaterra poderão também dar algumas pistas sobre futuras decisões em relação à política monetária.

GBP

Depois de uma semana sem praticamente nenhum dado que movimentasse o mercado do Reino Unido, esta semana teremos uma grande quantidade de dados económicos e de informações sobre as perspectivas do Banco de Inglaterra.

Os dados do mercado de trabalho na terça-feira abrem terreno para o relatório de inflação na quarta-feira. As perspectivas de mercado da taxa terminal no Reino Unido mudaram drasticamente no pressuposto de que uma tendência desinflacionária está agora firmemente estabelecida. Qualquer insucesso nesta matéria, especialmente no que diz respeito à inflação de base, poderá levar a uma forte reavaliação dos futuros movimentos do Banco de Inglaterra e impulsionar a libra.

EUR

A principal notícia da Zona Euro na semana passada foi mais um relatório de produção industrial desfavorável para Agosto, mostrando uma forte contração. Isto fará pouco para dissipar a narrativa da estagflação europeia, com a produção a estagnar e a inflação a cair a um ritmo lento. Apesar da incerteza, o Euro terminou a semana com uma pequena desvalorização em relação ao dólar.

Isto parece validar a nossa opinião de que os níveis atuais apontam para um cenário muito negativo para a Zona Euro e que quaisquer surpresas positivas podem ter um efeito desequilibrado na moeda comum.

USD

O relatório crítico sobre a inflação de setembro foi ruidoso, mas, de um modo geral, proporcionou pouco conforto à Reserva Federal. Uma variedade de indicadores de preços de serviços básicos firmou-se, o tipo de inflação persistente que tinha mostrado sinais preliminares de estar claramente a abrandar. A turbulência no Médio Oriente e a consequente fuga para ativos de refúgio, favoreceram ligeiramente o dólar.

Este efeito positivo foi de certa forma compensado por uma sensação generalizada entre os responsáveis da Fed de que o recente aumento das taxas de juro de longo prazo tinha tornado as condições financeiras mais restritivas e facilitado o trabalho da Reserva Federal, reduzindo a necessidade de aumentos adicionais.

 

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