Dólar desvaloriza como consequência do abrandamento da inflação nos Estados Unidos

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17 Julho 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A surpresa positiva nos números da inflação de Junho nos Estados Unidos fez disparar os mercados financeiros, com base nas expectativas de que a Reserva Federal estará muito perto do fim do aperto da política monetária.

O
dólar perdeu terreno em relação a todas as principais moedas, com os investidores a ficarem mais positivos e os ativos de risco a valorizarem. As divisas com melhor performance da semana foram as moedas escandinavas e o franco suíço, estimuladas não só pela queda do dólar, mas também por uma extensa envolvência em posições short.

A reação do mercado às notícias sobre a inflação foi compreensível, mas questionamos se o dólar não terá desvalorizado excessivamente. Esta semana, os mercados cambiais deverão registar um período mais calmo, com poucas publicações. O relatório da inflação no Reino Unido para Junho, a publicar na quarta-feira, será fundamental para a libra esterlina, mas também para o euro. Resta saber se as tendências de desinflação evidentes nos EUA serão replicadas em breve na Europa.

EUR

As notícias sobre a desinflação nos EUA fizeram com que o euro subisse diretamente, e a moeda comum saiu claramente do nível que manteve durante a maior parte de 2023. O movimento é compreensível e está em linha com as nossas previsões, mas a incerteza em torno do crescimento europeu pode criar alguns fatores adversos a curto prazo.

O euro pode ter dificuldade em recuperar, dado o posicionamento tenso do mercado, até que o estado da economia da zona euro seja esclarecido e os números pessimistas do PMI sejam confirmados ou refutados por dados económicos concretos.

USD

O relatório de inflação de Junho confirmou que a inflação dos EUA está a seguir lenta mas seguramente o caminho certo. A inflação ficou aquém das expectativas, tanto no índice principal como no índice de base, e a média dos últimos três meses desceu agora para 4% numa base anual.

É ainda provável que a Fed volte a subir as taxas de juro em Julho, tal como se comprometeu previamente a fazer. No entanto, qualquer nova subida implicaria surpresas significativas nos dados relativos à inflação e à atividade económica, o que é pouco provável. Com o ciclo de subidas da Fed a chegar ao fim, o cenário torna-se mais favorável à nossa visão de que as moedas dos mercados emergentes ainda têm muito para evoluir.

GBP

A libra esterlina registou uma subida em relação ao dólar na semana passada, em linha com todas as moedas mundiais, embora tenha ficado um pouco desfasada em relação ao euro. As taxas de juro elevadas e os dados mais favoráveis do que o previsto continuam a apoiar a libra.

O PIB de Maio superou as expectativas, apesar do impacto negativo do Feriado da Coroação. No entanto, o número chave para a libra esterlina é o relatório de inflação, que será publicado na quarta-feira. Os mercados esperam uma queda no indicador principal e um índice core estável, o que deve ser consistente com outra subida na taxa de juro de 50 pontos base na reunião de Agosto do Banco de Inglaterra e com a continuação da valorização da libra esterlina.

 

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