Dólar cai e os activos de risco disparam com o fim do ciclo de subidas na taxa de juro em vista

( tempo de leitura: 3 minutos )

  • Voltar
  • Análise do Mercado de Câmbios
    Análise do Mercado de Câmbios|Geral
    Análise do Mercado de Câmbios|Relatórios especiais
    Comércio Internacional
    Comércio Internacional|Finanças para empresas
    Finanças para empresas
    Finanças para empresas|Fintech
    Finanças para empresas|Sobre a Ebury
    Fintech
    Fraude
    Geral
    Imprensa
    Relatórios especiais
    Sobre a Ebury
  • Latest

6 Novembro 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

As obrigações e as ações subiram em simultâneo em todo o mundo na semana passada, suportada pela indicação da Reserva Federal de que o ciclo de subida nas taxas de juro pode ter chegado ao fim.

U
m relatório sobre o mercado de trabalho, ligeiramente mais brando do que o esperado, publicado pelos EUA na sexta-feira, veio alimentar estas esperanças. Os países exportadores de matérias primas e, em particular, os países da América Latina, estiveram claramente entre os vencedores, enquanto os tradicionais portos de seguro, como o iene japonês e o franco suíço, saíram penalizados.

As principais reuniões dos bancos centrais já foram realizadas, e é evidente que a maior parte dos ciclos de aperto à economia já terminaram. As atenções centram-se agora em saber quando e em que medida as taxas de juro sofrerão cortes, embora nenhum dos bancos centrais pareça ter pressa em fazê-lo. Esta semana será invulgarmente fraca em termos de divulgação de dados económicos, pelo que os mercados cambiais deverão ser impulsionados sobretudo pelas repercussões da atitude “dovish” da Fed da semana passada e pelos indícios de um abrandamento do mercado de trabalho nos EUA.

GBP

Embora o Banco de Inglaterra tenha mantido as taxas inalteradas na semana passada, como era esperado por todos, o Comité de Política Monetária não conseguiu validar as expectativas dovish do mercado, tendo manifestado a sua preocupação com o elevado crescimento dos salários e a rigidez da inflação, o que contribuiu para que a libra esterlina tivesse um desempenho superior ao do euro, no contexto da recuperação geral das moedas europeias.

Esta semana, o foco estará no relatório preliminar do PIB do terceiro trimestre, divulgado na sexta-feira.

EUR

A moeda comum recuperou acentuadamente na semana passada, no meio da recuperação geral do dólar. No entanto, o movimento não teve qualquer efeito catalisador da Zona Euro. Os índices PMI da atividade empresarial continuam a ser consistentes com uma economia estagnada ou mesmo em contração, e os indicadores mais tardios como as vendas a retalho ou a produção industrial não parecem destoar.

No lado positivo, a inflação caiu mais rapidamente do que o esperado e o BCE conseguiu parar o ciclo de subidas na taxa de juro a um nível relativamente modesto de 4%. Pensamos que há espaço para a valorização do euro a médio prazo, dado o baixo preço da moeda e as baixas expectativas de crescimento económico que são atualmente avaliadas.

USD

A Reserva Federal sugeriu, na semana passada, que o ciclo de subidas nas taxas de juro possa ter terminado. Um relatório de salários com sinais de abrandamento ajudou o sentimento ainda mais, e os mercados estavam a correr.

Os mercados começam a prever cortes de preços já em abril de 2024, o que nos parece um pouco excessivo: seria provavelmente necessário assistir a uma desaceleração muito mais substancial da economia dos EUA do que a que se tem verificado até agora e a algumas surpresas negativas em termos de inflação para que esse calendário se concretizasse.

 

🔊 Quer estar por dentro de todas as novidades do mercado cambial? Não perca o FXTalk!.

Quer saber mais sobre o mercado de câmbios e como os nossos peritos o podem ajudar?. Contacte-nos.

Partilhar