Dados fracos nos EUA desvalorizam o dólar

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10 Julho 2023

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Na semana passada, os dados divulgados sobre o mercado de trabalho nos EUA saíram abaixo do esperado. Os dados não podem ser classificados como fracos e, de facto, os rendimentos dos EUA continuaram a subir ao longo da semana, mas os mercados cambiais tomaram isso como um sinal de que a recente valorização do dólar pode ter sido exagerada.

A
divisa com a melhor performance da semana foi o iene japonês, que recuperou acentuadamente, ao mesmo tempo que se verificou um sell-off das moedas dos mercados emergentes, um sinal de que a tendência das últimas semanas está a reverter, levando os investidores a cancelarem as suas posições em moedas menos líquidas.

Esta semana, o foco estará em perceber se o recente aumento na volatilidade no mercado cambial veio para ficar. A inflação de Junho dos Estados Unidos será divulgada na quarta-feira. Espera-se um acréscimo no ritmo de abrandamento nos índices principais e de base, o que pode ser positivo para os mercados de obrigações dos EUA, mas negativo para o dólar americano. O Reino Unido por sua vez irá divulgar o relatório sobre o emprego e o PIB mensal de Maio, terça e quinta-feira, respetivamente.

GBP

A subida contínua das taxas de juro no Reino Unido, causada pelas pressões inflacionistas e pelo novo empenho do Banco de Inglaterra na resolução do problema, continua a apoiar a libra esterlina, que já é a moeda do G10 com melhor performance no ano até à data. A chave para esta semana será o relatório de emprego de Maio e, em particular, o número do crescimento salarial.

Enquanto este último se mantiver acima de 7%, será difícil para o Comité de Política Monetária descartar o risco real de efeitos secundários. Em geral, a retórica sobre a política monetária parece-nos ser propício a uma maior força da libra.

EUR

As vendas de retalho de maio e a revisão dos índices PMI para Junho foram mais fracas do que o esperado, mais uma vez, aumentando a preocupação que começou a pairar sobre a economia da zona euro. O euro foi capaz de ignorar a situação por enquanto, e nós pensamos que ainda há demasiado pessimismo em relação à recuperação da economia chinesa.

A próxima semana é muito tranquila em termos de dados da zona euro. Não há muita informação a ser divulgada até à reunião do Banco Central Europeu de Julho, pelo que os discursos dos bancos centrais serão o foco da moeda comum.

USD

Os relatórios sobre os salários de junho foram distintos. O inquérito aos trabalhadores sugeriu um certo enfraquecimento do ritmo de criação de emprego, ao passo que o seu correspondente revelou uma taxa de desemprego (ainda) mais baixa e um aumento ligeiro dos salários. Nada neste relatório ou noutros dados recentes contraria a opinião de que a Reserva Federal irá aumentar as taxas no final do mês, um movimento avaliado pelos mercados com 90% de probabilidade. Uma vez mais, o foco desta semana está na inflação.

Os mercados estão confiantes de que o relatório de Junho irá mostrar uma continuação na tendência de moderação no subíndice principal. Tendo em conta as vendas consideráveis a que assistimos recentemente nos mercados de rendimento fixo, uma surpresa dovish poderá ter um maior impacto, tanto para esses mercados como para o dólar americano.

 

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