Baixa volatilidade no mercado cambial enquanto os mercados insistem em cortes da Fed em Março

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15 Janeiro 2024

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Apesar de terem sido divulgados importantes dados económicos, a semana passada foi surpreendentemente de baixa volatilidade nas principais moedas.

O
relatório sobre a inflação dos EUA, mais quente do que o esperado, mexeu com o mercado no momento da divulgação e ajudou o dólar a valorizar ligeiramente, mas, no final da semana, os mercados voltaram a insistir, com uma probabilidade de 80%, no primeiro corte das taxas de juro por parte da Reserva Federal já em Março. Os rendimentos das obrigações do Tesouro Americano caíram e os ativos de risco valorizaram em resposta, enquanto o dólar se manteve estável.

Esta semana será relativamente calma em termos de dados económicos ou anúncios, embora estejam previstos discursos por parte do BCE e da Reserva Federal. Destacamos a divulgação de dados sobre a produção industrial da zona euro em novembro, na segunda-feira, e a inflação do Reino Unido de Dezembro. Os discursos da Reserva Federal serão particularmente importantes no sentido de dar pistas ao mercado sobre a velocidade e dimensão dos cortes na taxa de juro para este ano. O mercado acredita num início de ciclo de cortes já em Março a totalizar 175 pontos base até ao fim do ano 2024, o que ainda nos parece demasiado agressivo.

EUR

Os dados económicos da Zona Euro não estão a melhorar e continuam a contar a história de uma economia em estagnação, embora isto ainda não se tenha traduzido em despedimentos e o emprego continue a aguentar-se bem. A atitude hawkish demonstrada em Dezembro tem vindo a desvanecer-se lentamente por declarações dovish vindas de vários membros do Conselho.

Espera-se que os dados da produção industrial desta semana, relativos a novembro, sejam desanimadores, e que haja mais clareza sobre os planos do BCE através de uma série de discursos de funcionários do BCE.

USD

A modesta surpresa em alta no relatório do IPC de Dezembro não levou os mercados a reverem as suas expectativas de um corte da Reserva Federal já em março. O principal aumento mensal dos preços de base parece ter-se estabilizado num nível ligeiramente inferior a 4%, o que é demasiado elevado para ser confortável e parece confirmar que a tomada de controlo sobre a inflação será mais difícil do que os mercados esperam.

Os dados sobre o mercado de trabalho continuam a indicar pouco ou nenhum afrouxamento, e os indicadores mais fiáveis sugerem que os salários estão a crescer a uma taxa superior a 5%, no meio de um crescimento sólido e de mercados de trabalho muito apertados. Tendo isto em conta continuamos a ser da opinião que o início de cortes na taxa de juro em Março pode ser adiado e, por conseguinte, o dólar sairá beneficiado em relação às moedas europeias a curto prazo.

GBP

O PIB de novembro surpreendeu pela positiva, mas a reação da libra esterlina foi moderada. Os dados desta semana irão testar a recente atitude hawkish do Banco de Inglaterra. Para além do relatório sobre a inflação do IPC de Dezembro, teremos os dados sobre os salários de Novembro e os dados sobre o emprego de Dezembro. Embora a expectativa seja de que tanto os números sobre o mercado de trabalho como a inflação apresentem uma tendência descendente, ambos irão permanencer mais elevados do que na zona euro ou nos EUA. A inflação subjacente continua a rondar os 5% e os salários estão a crescer a uma taxa próxima dos 7%, pelo que teremos de assistir a reduções substanciais em ambos os casos antes que o Comité de Política Monetária se sinta confortável com o início do ciclo de cortes.

 

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