A Fed apostou nos 50 pb, mas o dólar persistiu
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A Reserva Federal decidiu surpreender os mercados com um duplo corte na semana passada.
Com as principais reuniões dos bancos centrais fora do caminho, entramos agora numa semana mais tranquila. O principal ponto de foco para os traders serão os indicadores PMI da atividade empresarial para Setembro, divulgados na maioria das principais áreas económicas na segunda-feira. Os números da Zona Euro serão particularmente importantes, dada a relativa ausência de quaisquer outros indicadores atempados e a situação de agravamento a que temos assistido na produção industrial. Também prestaremos muita atenção ao relatório de inflação das Despesas Pessoais do Consumidor divulgado na sexta-feira nos EUA.
 
																				EUR
A questão de saber se o BCE irá aplicar outro corte em Outubro depois do último corte de Setembro continua com o mesmo grau de incerteza. As probabilidades parecem ser baixas e achamos que a rigidez da inflação vai implicar um único corte por trimestre a partir de agora.
Tal como o relatório de Draghi sobre a competitividade europeia sugere, a estagnação da zona euro não parece estar relacionada com as taxas de juro. Na nossa opinião os PMI desta semana continuam a ser os dados mensais mais críticos da zona euro. Os números do mês passado foram consistentes com uma economia que pouco cresce e as notícias sobre o sector industrial desde então têm sido bastante sombrias.
USD
O impacto no dólar do corte de 50 pontos base da Reserva Federal foi atenuado por mensagens menos dovish das comunicações da Fed, particularmente o “gráfico de pontos”. A Fed espera reduzir as taxas a um ritmo mais cauteloso a partir de agora, e a sua estimativa do nível neutro das taxas nos EUA ainda é superior ao que os mercados estão a precificar.
Os dados económicos continuam a ser revelados em linha com o esperado ou acima das expectativas, com um crescimento sólido nos 2-3% e os indicadores do mercado de trabalho, como os pedidos de subsídio de desemprego, não apresentam qualquer tendência ascendente nos layoffs. Esperamos que os dados de inflação do PCE confirmem a modesta recuperação das pressões inflacionistas observadas no relatório anterior do IPC, e pensamos que o dólar americano poderá estabilizar perto dos níveis atuais após um Verão difícil.
GBP
O Banco de Inglaterra manteve na semana passada as taxas naquele que é hoje o nível mais elevado de todos os países do G10, excluindo a Nova Zelândia. A votação foi quase unânime, 8-1, e a retórica mais hawkish do que esperávamos, sugerindo que ainda está a ser dada muita atenção à elevada inflação dos serviços. Acreditamos que a libra continuará a ser apoiada por taxas relativamente elevadas, uma avaliação atractiva e um crescimento económico decente.
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