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Reviravolta da Reserva Federal afunda mercados

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7 Dezembro 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os portos seguros como o Iene japonês e o Franco suíço tiveram um desempenho superior na semana passada, uma vez que as declarações inequívocas do presidente Powell da Reserva Federal acrescentaram à incerteza sobre o impacto da variante ómicron da COVID e precipitaram a queda dos ativos de risco em todo o mundo.

U
m relatório sobre o emprego americano algo díspar pouco fez para acalmar os nervos nos mercados de ações e do crédito, embora as oscilações entre as principais moedas tenham sido de dimensão modesta. O Dólar teve um desempenho misto, e não houve uma tendência clara entre as moedas dos mercados emergentes, que variaram desde ganhos de 2% do Peso mexicano até mais um colapso semanal superior a 6% da Lira turca, arrastada pelas políticas cada vez mais erráticas de Erdogan.

Para além de qualquer notícia sobre a virulência da variante ómicron, os investidores vão estar atentos ao relatório da inflação dos EUA conhecido na terça-feira, onde se espera mais um aumento tanto da inflação global como subjacente para máximos de há 30 anos. Para além disso, não há muita informação económica de primeira linha na calha, por essa razão os mercados continuarão a agarrar-se a cada palavra vinda dos funcionários dos bancos centrais, em particular ao discurso de Boradbent, membro do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra, na segunda-feira.

 

GBP

 

A Libra esterlina tende a sofrer durante as crises de aversão ao risco nos mercados financeiros e a semana passada não foi exceção. Comentários de membros do Comité de Política Monetária que sugeriram uma abordagem cautelosa à variante ómicron também não ajudaram em nada.

Continuamos a pensar que a decisão de avançar com uma subida em dezembro será muito bem ponderada, e esperamos que o discurso de Broadbent na segunda-feira confirme uma visão mais aguerrida. Se assim for, acreditamos que há muito potencial para uma subida da Libra, uma vez que tem sido excessivamente castigada nas últimas semanas, particularmente em relação ao Dólar americano.

 

EUR

 

A moeda comum aguentou-se surpreendentemente bem durante duas semanas de aversão ao risco e sinais de dureza por parte da Reserva Federal. A enorme surpresa ascendente na inflação de novembro da Zona Euro na semana passada deverá tornar o extremo conservadorismo da Presidente Lagarde cada vez mais insustentável.

Em particular, os 21,9% de inflação nos preços no produtor mostram que os níveis da inflação não irão descer tão cedo, uma vez que estas pressões sobre os preços passam através das cadeias de abastecimento até ao consumidor final. De particular destaque é o número da inflação alemã de 6%. Estes números fazem-nos esperar uma resistência forte contra a linha cautelosa de Lagarde e continuamos a considerar que os aumentos das taxas de juro do BCE não podem esperar até 2023.

 

USD

 

A reviravolta do Presidente Powell na semana passada é um desenvolvimento digno de nota, embora há muito esperássemos que assim fosse. O presidente do Fed declarou explicitamente que a palavra “transitória” deveria ser retirada quando se discutisse o atual episódio inflacionário e sugeriu que está pronto para uma aceleração significativa do ritmo de redução das compras de obrigações na reunião de dezembro.

É pouco provável que o relatório sobre o emprego dos EUA de novembro tenha mudado este ponto de vista. Embora os números sobre a criação de emprego tenham sido dececionantes, os números do desemprego dos agregados familiares caíram drasticamente, sugerindo que a economia dos EUA se encontra em situação de pleno emprego ou muito perto disso e que pouco alívio das pressões inflacionistas virá da expansão do lado da oferta. O relatório da inflação desta semana deverá ser mais um para os livros de recordes, remontando a valores de há várias décadas e cimentando a nova determinação da Reserva Federal em combater as pressões inflacionistas através do aperto da política monetária.

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