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Receios crescentes com a guerra comercial impulsionam os mercados

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3 Junho 2019

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Chief Risk Officer at Ebury. Committed to mitigating FX risk through tailored strategies, detailed market insight, and FXFC forecasting for Bloomberg.

A forte resposta chinesa às ameaças de Trump durante o fim de semana acentuou a tensão nos mercados financeiros.

Os mercados de ações estão a desvalorizar em todo o mundo, à medida que os ativos seguros, como as obrigações de dívida pública, caem para novos mínimos. Os mercados cambiais continuam a negociar de forma relativamente calma, comparativamente à maioria dos restantes ativos, apesar de o Peso mexicano ter perdido todos os seus ganhos de 2019 e ter acabado abaixo dos 3% em relação ao Dólar depois das ameaças de Trump. Mais uma vez, a Libra foi a moeda com pior desempenho do G10, com os investidores a ficarem agitados com o caos político verificado no país e a falta de perspetivas para a resolução do impasse do Brexit.

As questões políticas e o potencial impacto de uma guerra comercial no crescimento económico dominam os dados económicos e as notícias políticas e são os fatores que mais impulsionam os mercados. Os analistas têm estado atarefados a rever em baixa as perspetivas dos bancos centrais dos países do G10 e a pedir cortes das taxas de juro nos países em que as taxas são positivas, nomeadamente nos EUA. Julgamos ser mais sensato aguardar por dados oficiais que reflitam este eventual abrandamento e, por enquanto, mantemos a nossa posição de que não haverá quaisquer movimentos por parte da Reserva Federal.

Na próxima semana, o principal evento será a reunião de junho do BCE que terá lugar na quinta-feira Na sexta-feira, o relatório sobre o emprego não agrícola nos EUA poderá também trazer alguma volatilidade ao final da semana.

EUR

O Euro tem resistido relativamente bem face à aversão ao risco financeiro e às ameaças de guerras comerciais. Esta será uma semana atarefada para a moeda comum. Para além da importante reunião do BCE em junho, amanhã já iremos poder conhecer a inflação de maio. A expetativa geral é de que se verificará uma queda para os números desanimadores do primeiro trimestre de 2019. Os analistas preveem também uma mensagem muito cautelosa do Presidente Draghi na próxima quinta-feira. Esta expetativa, juntamente com a posição extremamente curta do Euro nos mercados, cria as condições para uma subida do Euro se os dados ou a comunicação do BCE forem mais positivas do que aquilo que os mercados esperam.

GBP

A incerteza quanto ao Brexit continua a aumentar. As sondagens no Reino Unido apontam para uma séria agitação política com o Partido Trabalhista e os Conservadores a serem ultrapassados por partidos com uma posição mais clara sobre a questão do Brexit: os Democratas Liberais, que defendem a permanência na União, e o mais recente veículo político de Farage, do lado que defende a saída.

O tempo em direção ao prazo de outubro está novamente a contar, não havendo qualquer sinal de que estejam a ser feitos progressos. Os mercados estão claramente descontentes com esta situação e, esta semana, a Libra acabou novamente em último lugar na liga do G10. Não está prevista qualquer publicação de notícias críticas esta semana, pelo que as manchetes deverão continuar a focar-se no desempenho da Libra.

USD

Enquanto um coro de analistas e economistas se apressa a exigir cortes à taxa de juro overnight pela Reserva Federal, os dados que nos chegam contam uma versão diferente. Em geral, e no nosso ponto de vista, o histórico dos últimos anos, com um crescimento económico estável, forte criação de emprego, ganhos salariais reais e pressões inflacionistas adormecidas, mantem-se inalterado. As tensões e tarifas comerciais são aspetos negativos a médio prazo, mas acreditamos que, se e quando os danos económicos e financeiros forem revelados, a administração Trump ficará sob enorme pressão para alcançar acordos. Nesse sentido, mantemos a nossa aposta na ausência de cortes e julgamos que o relatório do emprego de sexta-feira virá apoiar a nossa opinião.

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