Queda de rendibilidade interrompe recuperação do Dólar

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10 Outubro 2019

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Chief Risk Officer at Ebury. Committed to mitigating FX risk through tailored strategies, detailed market insight, and FXFC forecasting for Bloomberg.

Os dados indicativos preocupantes sobre o nível de confiança dos Estados Unidos abalaram as expectativas da Reserva Federal e arrastaram com eles as taxas em 15 pontos-base esta semana.

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Os ventos desfavoráveis impediram o Dólar de prosseguir no recente percurso de valorização contínua, e o Euro alcançou uma ligeira recuperação, ficando muito próximo dos 1,10. Embora o relatório sobre os salários nos EUA, divulgado na sexta-feira, tenha acalmado os ânimos nos EUA, as rendibilidades mais baixas resultaram em benefício para as moedas dos mercados emergentes em geral e, em particular, para as moedas da América Latina.

A crescente dicotomia entre os dados indicativos dos inquéritos e os números reais, em especial sobre o emprego e o consumo, é cada vez mais o tema principal dos mercados financeiros. Os últimos dados do ISM, publicados sobre o sentimento de mercado, foram fracos, pelo que pensamos que os números sobre a produção industrial alemã, a saírem na segunda e terça-feira, e até os dados de segunda linha, a divulgar nos EUA, deverão assumir uma importância extraordinária. Os dados sobre a inflação americana e a ata da última reunião do BCE, ambos da passada quinta-feira, fecharam a semana juntamente com as notícias sempre imprevisíveis sobre o Brexit, à medida que se aproxima a última etapa das negociações.

EUR

Prevê-se uma semana invulgarmente tranquila na Zona Euro. Para além dos dados sobre o sector industrial alemão, a nossa atenção está concentrada também na publicação, na quinta-feira, da acta da reunião do BCE de setembro. Esta publicação deverá refletir principalmente o grau de consenso reunido em torno do pacote de flexibilização, assim como o nível de preocupação relativamente à aparente desaceleração dos dados económicos, que são mais importantes do que seria habitual, tendo em conta a incerteza quanto às políticas e aos dados.

GBP

Os péssimos índices PMI da atividade do sector da construção no Reino Unido confirmaram que a confiança empresarial neste país está a cair visivelmente, embora não seja fácil separar os efeitos do Brexit do sentimento de abrandamento da economia mundial. Embora aumente a pressão sobre o Banco de Inglaterra para cortar as taxas de juro, a Libra será influenciada mais pelos progressos das negociações para a saída do Reino Unido do que pelos dados económicos. Mantemos a opinião de que um adiamento do Brexit e eleições gerais em novembro constituem o cenário mais provável, dando deste modo à Libra espaço para alcançar pequenas melhorias no curto prazo.

USD

O cada vez maior fosso entre os dados percecionados e os números económicos reais passou agora para o outro lado do Atlântico. Os inquéritos do ISM sobre a atividade empresarial apresentaram resultados bastante desastrosos em setembro, tendo a componente do emprego nos serviços sido particularmente sombria. No entanto, o relatório de setembro sobre o emprego revela que o mercado laboral americano continua a gerar emprego e a puxar os níveis de desemprego para baixo, embora esta pressão não tenha produzido qualquer efeito contrário de subida dos salários. O principal acontecimento desta semana será a ata da reunião da Reserva Federal, que sairá na quarta-feira, embora já esteja algo ultrapassada pelos recentes desenvolvimentos económicos e pelos dados sobre a inflação, a sair na terça-feira.

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