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Preços da energia disparam e arrastam com eles as moedas exportadoras de petróleo

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20 Setembro 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Numa semana em que os mercados aguardavam pela reunião de setembro da Reserva Federal, a principal notícia foi o aumento implacável dos preços da energia, mesmo quando os dados da inflação em agosto nos EUA ficaram ligeiramente abaixo do esperado e a inflação da Zona Euro surpreendeu (mais uma vez) pela positiva.

O
tom geral das notícias financeiras é de crescente preocupação de que as pressões inflacionistas possam não ser totalmente passageiras e que os constrangimentos, escassez e subidas de preços tenham vindo para ficar, alimentados por condições fiscais e monetárias extraordinariamente expansionistas. Os principais beneficiários foram as moedas de países exportadores de matérias-primas, como a Coroa norueguesa, o Rublo russo e o Peso chileno.

À margem da reunião da Reserva Federal, os últimos acontecimentos envolvendo a empresa imobiliária chinesa Evergrande merecem uma atenção especial. Por enquanto, o impacto no Yuan tem sido reduzido, embora algumas das moedas do Pacífico mais expostas ao comércio chinês tenham sofrido.

Os bancos centrais estão no centro das atenções esta semana, embora a reunião da Reserva Federal na quarta-feira ocupe naturalmente o lugar cimeiro. No entanto, a reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira irá contribuir também para alguma volatilidade, na mesma medida que as reuniões dos bancos centrais da Noruega, Suécia, Austrália, Suíça e Japão.

GBP

À vista de mais um relatório de inflação forte do Reino Unido, juntamente com dados encorajadores sobre o emprego, os mercados anteciparam as suas expetativas de subidas do Banco de Inglaterra. Não obstante este ajuste, não prevêem qualquer aumento até ao verão de 2022 e questionamo-nos se a subida incessante dos preços aumentará as expectativas de altas no primeiro trimestre do próximo ano. A reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira será crucial nesta matéria. As expetativas do mercado acerca da reunião são demasiado tranquilas e não nos surpreenderia ver mais dissidentes juntarem-se aos dois que já pedem a redução imediata das medidas de “quantitative easing”, o que daria um apoio sólido à Libra.

 

EUR

O disparo dos preços dos combustíveis na Europa e os custos de energia mais elevados para os consumidores e produtores na Zona Euro daí decorrentes parecem ter apanhado o BCE de surpresa. Estão a surgir sinais de algum desconforto dentro do banco central com as suas previsões de inflação abaixo do objetivo nos próximos tempos e de que as expetativas do mercado de não haver subidas até pelo menos 2025 possam ser demasiado “dovish”. De qualquer modo, prevemos que tais discordâncias e os dados sobre a inflação continuem a ser os principais motores de negociação do Euro no futuro próximo. As opiniões do mercado sobre a futura política do BCE são de tal modo rígidas que o risco consiste claramente no maior rigor na política monetária mais cedo do que se esperava, o que seria positivo para a moeda comum.

 

USD

A inflação em agosto manteve-se elevada, embora tanto a geral como a subjacente tenham ficado ligeiramente abaixo do esperado. Houve sinais de que os picos da inflação estão a alastrar devido à escassez relacionada com a pandemia, por exemplo no setor dos carros usados, como a áreas mais persistentes, tais como a habitação. De qualquer forma, os números da inflação não parecem ter deixado os mercados mais tranquilos e impulsionaram a rendabilidade do tesouro durante a semana.

Tudo isto contribui para expetativas interessantes relativamente à reunião de quarta-feira do Comité FOMC. Acreditamos que para já os conservadores levem a melhor e que não será anunciada qualquer restrição na reunião. No entanto, os que adoptam uma postura “hawkish” deverão expressar a sua discordância relativamente ao “dots plot” onde os membros assinalam as suas expetativas relativamente às taxas para os próximos anos. É possível que vejamos alguns “outliers” que apontem para uma subida mais cedo do que o mercado antecipa, embora ninguém consiga prever a reação do Dólar.

 

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