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O Dólar domina, as ações caem e as taxas sobem

( tempo de leitura: 3 minutos )

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3 Maio 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A subida implacável das taxas de juro em todo o mundo continuou na semana passada, com os principais rendimentos do Tesouro dos EUA a 10 anos a aflorar o nível psicologicamente importante de 3%.

A
s ações caíram e o Dólar subiu, apoiado tanto por fluxos de refúgio como por diferenciais de taxas de juro. O Dólar terminou a semana no topo da tabela do G10 e também subiu em relação à maioria das moedas dos mercados emergentes. O recuo do Yuan continuou e as moedas asiáticas estão a ser arrastadas para baixo pela sua fraqueza no meio da aversão geral ao risco.

Esta semana a atenção dos investidores estará totalmente nos bancos centrais. A Reserva Federal reúne-se na quarta-feira. Uma subida de 50 p.b. é já dada como certa, pelo que o foco estará na firmeza das comunicações do Presidente Powell. Um bom aperto a curto prazo é já esperado, pelo que será difícil para Powell surpreender pela dureza. No dia seguinte, espera-se que da reunião do Banco de Inglaterra resulte uma subida de 25 b.p., persistindo uma incerteza considerável quanto ao tom que o CPM irá adotar. A semana termina com a publicação do relatório americano sobre o emprego de abril na sexta-feira. O número principal serão os salários, e veremos se os efeitos secundários estão a ganhar forma, o que tornaria o problema da inflação mais difícil de tratar.

EUR

As estimativas provisórias sobre a inflação da Zona Euro para abril revelaram mais uma surpresa desagradável para o BCE. A inflação global manteve-se estável a um nível altíssimo de 7,5%, mas a subjacente acelerou de 2,9% para 3,5%, noutro sinal de que a inflação não é apenas impulsionada pelos preços da energia e de que as pressões sobre os preços são generalizadas.

Entretanto, os preços no produtor aceleraram de novo para um recorde histórico de 36,8%, um sinal claro de que a inflação não vai parar por aqui. A pouco e pouco o discurso do BCE começa a mudar e a reconhecer esta realidade, mas não suficientemente depressa para servir de apoio ao Euro face ao Dólar americano, pelo menos para já.

USD

A surpresa negativa no crescimento do PIB americano no primeiro trimestre, impulsionado pelo comércio, não altera significativamente o panorama de uma economia que sofre de excesso de procura e de pressões generalizadas sobre os preços, e esperamos que a Reserva Federal reconheça isso mesmo na quarta-feira e anuncie tanto uma subida de 50 p.b. como uma aceleração da normalização do balanço.

A questão em relação ao Dólar é se vamos ver uma correção do tipo “comprar o rumor, vender a notícia”, em particular dada a velocidade da subida nos últimos dias. Continuamos a considerar que será difícil para a Fed ir mais longe do que o esperado pelos mercados e que a subida do Dólar tem absorvido os diferenciais das taxas atuais, particularmente em relação à Zona Euro e a outros.

GBP

A reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira dará aos decisores políticos mais uma oportunidade de clarificar a sua posição sobre os problemas da inflação e o potencial para um abrandamento económico. É provável que surjam alguns votos dissonantes a favor de uma subida de 50 p.b., e talvez também uma fação que defenda a manutenção das políticas atuais.

A repartição dos votos entre as três opções será fundamental para determinar a posição da Libra a curto prazo, que para já parece contentar-se em seguir o Euro atrás do Dólar americano.

 

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