Moedas dos mercados emergentes valorizam com o esfriar da tensão no Irão
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Os mercados financeiros entraram com o pé direito em 2020.
Esta semana as atenções estão novamente voltadas para as questões macroeconómicas, incluindo a inflação americana, na terça-feira, o relatório sobre a inflação do Reino Unido e a produção industrial da Zona Euro, previstos para quarta-feira, e as vendas a retalho nos EUA, na quinta-feira. Antecipa-se também alguma volatilidade com a publicação das atas do BCE e as declarações públicas dos funcionários dos bancos centrais dos dois lados do Atlântico.
GBP
O Governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, deu sinais de uma perspetiva mais moderada na semana passada, embora o efeito sobre a Libra tenha sido limitado. No entanto, acreditamos que os mercados não deverão apostar, para já, em cortes a médio prazo. Estaremos atentos ao relatório sobre a inflação, na quarta-feira, e a outras publicações de menor importância para confirmar que a economia está mais estável, agora que a incerteza em torno do Brexit se esbateu. A grande revisão em alta dos índices PMI da atividade comercial da semana passada aponta já neste sentido. Mantemo-nos otimistas em relação às perspetivas de médio prazo para a Libra.
EUR
Curiosamente, a melhoria dos dados económicos da Zona Euro, em nossa opinião, não mereceu o destaque devido. Na semana passada, os índices PMI da atividade comercial de dezembro foram revistos em alta e o índice compósito encontra-se agora em terreno expansionista. Os dados das vendas a retalho também foram sólidos e a inflação subjacente de 1,3% mantém-se nos níveis máximos recentes. As taxas negativas na Europa continuam a pesar consideravelmente sobre a moeda comum. Acreditamos que a ata da reunião de dezembro do BCE, que será publicada esta semana, poderá ajudar a aliviar ligeiramente as preocupações dos mercados relativamente a mais cortes ou ao reforço dos estímulos monetários do banco central, proporcionando algum apoio à moeda comum.
USD
O relatório sobre o mercado laboral de dezembro ofereceu aos mercados acionistas o melhor de dois mundos: a criação de emprego ligeiramente acima do crescimento da força de trabalho e a ausência de sinais de aceleração salarial. Estes dados adiam ainda mais qualquer perspetiva de aperto da política da FED, e os ativos de risco em geral estão a reagir em conformidade. O aspeto mais crítico dos dados desta semana será a inflação do IPC, na quarta-feira. O indicador de inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis da alimentação e da energia, deverá manter-se acima da meta de 2% do Fed e, apesar de não existirem sinais de aceleração do crescimento salarial, é expectável que o banco central reveja estes dados.