Moedas de risco recuam devido ao receio dos investidores de novas restrições

  • Voltar
  • Análise do Mercado de Câmbios
    Análise do Mercado de Câmbios|Geral
    Análise do Mercado de Câmbios|Relatórios especiais
    Comércio Internacional
    Comércio Internacional|Finanças para empresas
    Finanças para empresas
    Finanças para empresas|Fintech
    Finanças para empresas|Sobre a Ebury
    Fintech
    Fraude
    Geral
    Imprensa
    Relatórios especiais
    Sobre a Ebury
  • Latest

21 Setembro 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Embora na semana passada as atenções dos mercados tenham estado centradas na reunião de setembro da Reserva Federal, o Comité FOMC não surpreendeu os mercados e o seu efeito sobre os mercados foi limitado.

A
modesta recuperação da maioria das moedas dos mercados emergentes provavelmente terá estado mais relacionada com notícias económicas positivas, especialmente vindas da China, e com a ausência de notícias negativas significativas relativamente à pandemia. A grande recuperação verificada nas moedas de risco foi revertida esta manhã com as notícias de que as autoridades na Europa estão a estudar a reimposição de restrições para deter a segunda onda de infecções testemunhada em todo o continente.

À parte das notícias sobre as restrições para evitar a segunda vaga,  esta semana as notícias mais importantes virão dos índices PMI da atividade comercial. É verdade que toda a situação que envolve a pandemia dificulta a sua interpretação, pelo que os mercados também estarão atentos às negociações sobre estímulos adicionais nos EUA e ao Brexit no Reino Unido.

EUR

O agravamento da situação do COVID na Zona Euro destacou-se de forma dramática pela reimposição de medidas de confinamento nas zonas mais afetadas de Madrid. No entanto, os efeitos da segunda vaga da pandemia ainda não foram sentidos de forma significativa pelo Euro, talvez porque esta vaga aparenta ser menos mortal e até à data não perturbou significativamente a recuperação económica. Verificamos, no entanto, uma queda relativamente acentuada da moeda comum até esta manhã – mais de meio por cento no momento em que este artigo foi escrito. Acreditamos que isso seja resultado do receio dos investidores perante uma nova série de medidas de restrição ao vírus imposta por alguns países europeus, como Espanha, França e Holanda.

 

GBP

O recuo parcial de Boris Johnson relativamente ao incumprimento do Acordo de Saída com a UE, ao atribuir ao Parlamento a decisão final acerca desta matéria, ajudou a estabilizar a Libra esterlina e empurrou a moeda para cima face à maioria dos principais pares na semana passada. O Banco de Inglaterra não reduziu as taxas, mas sugeriu que taxas negativas continuam a ser uma possibilidade. Os dados provisórios dos índices de atividade empresarial PMI de setembro serão o mais importante. Dito isso, o foco principal será no governo do Reino Unido, que deve discutir a imposição de novas medidas de restrição do vírus. Existe alguma especulação de que isso poderá até incluir um segundo confinamento nacional.

 

USD

O Comité FOMC não surpreendeu os mercados na semana passada. A maioria dos membros do Fed prevê manter as taxas ao nível de zero até 2023. A reação dos mercados parecia sugerir que de alguma forma se esperava uma mensagem ainda mais conservadora, uma vez que as ações passaram por momentos algo difíceis no rescaldo. Entretanto, os indicadores do mercado laboral, tais como os pedidos semanais de subsídio de desemprego, continuam a exceder as expectativas. Acreditamos que poderá ser alcançado em breve algum compromisso bipartidário em relação a estímulos fiscais adicionais, o que, no contexto de uma posição cada vez mais curta do Dólar entre os investidores, pode oferecer algum apoio a curto prazo ao Dólar.

Partilhar