EUR

A recuperação dos índices PMI de Abril da atividade empresarial sublinha a tendência positiva do crescimento da Zona Euro, depois de ter evitado por pouco uma recessão técnica na segunda metade de 2023. É de notar que o número global apresenta uma dicotomia extrema entre o sector industrial, que está a cairem valores de recessão, e uma expansão saudável do sector dos serviços, sem dúvida ajudado por uma economia em pleno emprego.

A surpresa positiva não parece ser suficiente para fazer descarrilar o compromisso do BCE de reduzir a taxa de juro. No entanto, quaisquer movimentos subsequentes estarão condicionados à continuação da dissociação entre a inflação dos EUA e da Zona Euro. Esta dissociação será testada esta semana, quando for publicado, na quinta-feira, o relatório provisório sobre a inflação de Abril.

USD

O relatório do PIB do primeiro trimestre dos EUA foi tudo o que a Reserva Federal não queria ver. Para além de pressões inflacionistas surpreendentemente fortes, a forte procura interna foi compensada por um desempenho comercial desanimador, um sinal de que a sobrevalorização do dólar está a prejudicar a competitividade dos EUA.

A reunião do FOMC na quarta-feira será um teste difícil para as capacidades do Presidente Powell. Embora o corte de Junho tenha sido efetivamente excluído tanto pelos mercados como pelos comunicados da Fed, haverá questões sobre a adequação de quaisquer cortes, e mesmo sobre a possibilidade de um maior aperto, tendo em conta a retoma das pressões inflacionistas. O dólar americano já valorizou muito e poderá ter dificuldade em continuar com essa tendência, a menos que se comecem a prever aumentos diretos na taxa de juro, o que não esperamos, a menos que a inflação continue a surpreender em alta.

GBP

A surpresa positiva no relatório PMI de Abril torna ainda menos provável que o Banco de Inglaterra possa reduzir as taxas de juro antes de Setembro. O sector dos serviços em expansão contrasta com um sector industrial que ainda está em recessão, mas é nos serviços que os perigos inflacionistas continuam a espreitar no Reino Unido.

Uma economia em expansão num contexto de pleno emprego e pressões inflacionistas persistentes são susceptíveis de manter as taxas do Reino Unido relativamente elevadas e esperamos que a recente subida da libra continue.

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