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Libra de rastos em mercados assombrados pelo Brexit

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14 Setembro 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os últimos acontecimentos em torno do Brexit reavivaram os receios de um fracasso total nas negociações do Brexit e perspetivas de caos económico e financeiro.

A
principal vítima foi a Libra, que desvalorizou mais de 3% face às principais moedas mundiais. Esta volatilidade à parte, a semana foi de relativa tranquilidade nos mercados monetários, em que as principais moedas flutuaram dentro de intervalos relativamente estreitos. Longe dos mercados cambiais, destaca-se a divergência entre as ações americanas que sofreram uma queda acentuada, comparativamente com as europeias que valorizaram, o que pôs fim em parte ao desempenho superior dos títulos norte-americanos durante a pandemia.

Esta semana, para além das notícias sobre o Brexit, a atenção dos mercados de divisas estará centrada nos bancos centrais. Depois da reunião do BCE na semana passada ter-se revelado um não acontecimento relativo, a Reserva Federal na quarta-feira e o Banco de Inglaterra na quinta-feira irão trocar novas ideias sobre a pandemia e a recuperação, embora não seja de esperar que qualquer um deles dê passos significativos.

EUR

A reunião do BCE de setembro teve lugar sem que o banco central tivesse dado fortes sinais de preocupação em relação à baixa inflação ou à subida acentuada do Euro. Quanto à primeira, o banco parece atribuir o recente colapso da inflação subjacente a questões técnicas relacionadas com a sazonalidade, e espera claramente que a maior parte da surpresa seja invertida nos próximos meses. Quanto a este último, sugeriu que os níveis atuais de pouco menos de 1,20 dólares não são uma preocupação significativa. Considerando a ausência de dados económicos importantes, o Euro será comercializado esta semana com base em acontecimentos vindos de outras partes do mundo, nomeadamente a reunião da Reserva Federal na próxima quarta-feira.

 

GBP

Dados económicos razoáveis do Reino Unido foram completamente ofuscados pela ameaça do governo de Boris Johnson de infringir o direito internacional e renegar parcialmente o tratado de divórcio do Brexit. Como resultado, a Libra foi esmagada impiedosamente durante a semana. Esta semana, a crescente resistência interna do Partido Conservador à reação de Johnson poderá oferecer descanso à Libra. A reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira irá atrair as atenções dos mercados de divisas. Embora não seja de prever alterações à política, poderão existir manifestações a favor de reforçar os estímulos monetários, às quais a Libra deverá reagir. Uma votação unânime por parte do Comité de Política Monetária sem votos contra será uma grande ajuda.

 

USD

Os destaques económicos dos EUA continuam a desafiar as expetativas e apontam para uma recuperação mais rápida do que esperado. Até ao momento, os mercados estão a emitir poucos sinais de perturbação com as próximas eleições presidenciais, onde o principal risco continua a ser o de uma eleição disputada que não seja resolvida no dia das eleições. A reunião da Reserva Federal na quarta-feira deverá concentrar todas as atenções. Trata-se da primeira reunião após o Fed ter adotado, no final de Agosto, uma abordagem visando a flexibilidade da inflação. O mercado espera orientações concretas sobre o que isto significará em termos de política monetária. O gráfico “dot plot” com a evolução futura das taxas de juro para 2023 destacar-se-á ao ser incluído na publicação de setembro pela primeira vez. Se a média dos membros do FOMC continuar a contar com zero, o dólar pode sofrer, pois confirmaria ainda mais a vontade da Reserva Federal de assumir riscos inflacionistas para apoiar o crescimento.

 

 

 

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