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Dólar valoriza e obrigações perdem terreno

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8 Março 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os títulos do Tesouro norte-americano desvalorizaram ainda mais na semana passada, com as notícias económicas a sugerirem uma recuperação económica acelerada e a aprovação pelo Congresso norte-americano do enorme pacote de estímulos de Biden.

E
nquanto as taxas de juro de curto prazo se mantêm bem suportadas pela Reserva Federal, que promete ignorar explicitamente as pressões inflacionárias e manter as taxas a zero, os efeitos das fortes vendas das maturidades mais longas na semana passada transbordaram finalmente para os mercados cambiais. O Dólar ficou à frente da maioria das moedas do G10, mas os seus efeitos foram mais sentidos pelos mercados emergentes. Enquanto as moedas da Orla do Pacífico resistiram bem, ancoradas na estabilidade do Yuan chinês, as restantes principais moedas dos mercados emergentes desvalorizaram entre 1% e 3% na semana passada.

Esta semana a atividade dos mercados de taxas americanos deverá ser o fator dominante nos mercados financeiros em todo o mundo. A reunião do BCE na quinta-feira será muito interessante para avaliar a reação institucional do banco central ao aumento (até à data modesto) dos custos da dívida soberana em toda a Zona Euro. Nos EUA, os dados sobre a inflação que serão publicados na quarta-feira poderão perturbar os mercados já de si agitados, caso revelem uma surpresa positiva.

GBP

A Libra esterlina continua a comportar-se melhor do que a maioria das moedas graças ao apoio das taxas dos EUA. As taxas de vacinação do Reino Unido, na tabela da frente do ranking mundial, estão a fornecer um apoio vital à moeda britânica, e o avanço da vacinação no país em relação à Zona Euro não mostra sinais de decrescer. Isto deverá continuar a dar força à Libra face ao Euro. O número do PIB mensal de janeiro que sairá na sexta-feira deverá revelar-se negativo devido ao terceiro confinamento nacional, mas prevemos que os mercados cambiais ignorem este indicador retrospetivo e se mantenham concentrados em eventos noutros locais.

 

EUR

Os olhos estão agora postos na reunião do BCE de fevereiro, que terá lugar na quinta-feira. O foco deve permanecer nos números económicos dececionantes, na morosidade do esforço de vacinação europeu, e na desvalorização das obrigações soberanas europeias como resultado das movimentações do mercado nos EUA. Não esperamos quaisquer mudanças políticas, mas as comunicações do banco central serão fundamentais em duas áreas. Em primeiro lugar, a magnitude da inevitável revisão em baixa das previsões económicas de 2021. Segundo, a possibilidade de utilizar as ferramentas contra a pandemia para impedir movimentos ascendentes indesejáveis das taxas. Este último pode pesar sobre a moeda comum, não sendo de excluir maiores desvalorizações da moeda no curto prazo.

 

USD

O relatório sobre o emprego de fevereiro forneceu as últimas provas de que a recuperação económica dos EUA está a retomar o ritmo após o abrandamento no outono induzido pelo confinamento. A recuperação na contratação no setor da hotelaria e lazer significou que a criação líquida de empregos excedeu as expetativas em dobro, com quase 400.000 empregos criados. O desemprego desceu e a taxa de participação da mão de obra manteve-se estável. O sólido plano de estímulos de Biden aprovado no fim de semana significa uma transferência líquida de rendimento de mais de 10.000 dólares para a família americana mediana, não incluindo o aumento dos subsídios de desemprego ou as várias transferências para os Estados e os municípios. Esta onda de dinheiro atingirá uma economia que está a ganhar força do lado da procura, mas que sofre estrangulamentos crescentes do lado da oferta. Acreditamos que a venda em larga escala de obrigações do Tesouro tem espaço para crescer, mas é difícil de adivinhar o efeito a curto prazo sobre o Dólar americano desta onda de gastos sem medidas compensatórias de receitas fiscais.

 

 

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