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Dólar valoriza à medida que mercados centram atenções na política do banco central

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19 Julho 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

O Dólar americano terminou a semana em alta face a todas as moedas do G10, com a exceção do Dólar neozelandês.

E
ste esteve em destaque quando o banco central do país, o RBNZ, sugeriu estar pronto para se juntar ao Norges Bank e tornarem-se os primeiros bancos centrais a subir as taxas. Trata-se de um desenvolvimento digno de nota e que dá a entender que, a médio prazo, os mercados cambiais serão cada vez mais impulsionados pelas perspetivas e calendários de saída dos bancos centrais de uma política monetária ultraflexível. Entretanto, o Real brasileiro teve destaque entre as moedas dos mercados emergentes, tendo recuperado muito bem da desvalorização que sofreu depois de o governo ter revisto em alta as suas previsões de crescimento económico.

Os mercados cambiais dos EUA conseguiram afastar o relatório perturbador sobre a inflação de junho, mas pensamos que as crescentes pressões inflacionistas e a resposta do banco central ao problema serão os principais obstáculos macroeconómicos para os mercados nos próximos meses. A reunião do BCE de julho a realizar-se na quinta-feira terá uma importância acrescida, e não apenas porque será a primeira reunião a ter lugar após a revisão estratégica. Sexta-feira poderá ser mais um dia volátil pois serão conhecidos os dados dos índices PMI de atividade das empresas de junho para a Zona Euro, EUA e Reino Unido.

GBP

O relatório sobre a inflação do Reino Unido de junho constituiu uma agradável surpresa com os estrategas a esforçarem-se por alinharem as suas previsões com a realidade. Na nossa opinião, a questão principal é agora a velocidade a que os membros da Comissão de Política Monetária começam a assumir posições hawkish em relação a tais previsões e outras pressões inflacionistas a nível mundial. Foi o caso de dois na semana passada, confirmando a nossa perspetiva de que o Banco de Inglaterra poderá ser um dos primeiros principais bancos centrais de zonas económicas desenvolvidas a começar a subir as taxas, o que nos deixa otimistas em relação à Libra.

 

EUR

A produção industrial de maio na Zona Euro ficou um tanto aquém das expetativas, mas os mercados ignoraram por completo estas notícias já desatualizadas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, chamou a atenção na reunião do BCE de julho na semana transata ao sugerir que a proposta de reavaliação da estratégia anunciada no início do mês seria considerada em profundidade. Os mercados estão à espera de comunicações moderadas, em linha com o novo objetivo de inflação simétrica, mas pensamos que as pressões inflacionistas que começam a avolumar-se (embora com um atraso na zona Euro) irão formar ventos contrários para os conservadores do BCE, com implicações positivas para o Euro a médio prazo.

 

USD

Os títulos do Tesouro norte-americano entraram numa valorização surpreendente face a mais um choque inflacionista. A inflação global subiu 5,4% no ano e o índice subjacente, menos volátil, também cresceu 4,5%. Este último tem crescido nos últimos três meses a uma taxa anual de 10,6%. Por enquanto, os mercados hesitam em punir ou recompensar o Dólar por esta combinação de baixas rendibilidades e inflação elevada, mas continuamos a ser da opinião de que, a médio prazo, o caminho de menor resistência para o Dólar será descendente.

 

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