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Dólar sobe e receios sobre a inflação fazem cair os mercados

( tempo de leitura: 3 minutos )

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14 Junho 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os ativos de risco sofreram uma semana muito difícil em todo o mundo.

O
s dados sobre a inflação continuam a agravar-se e os bancos centrais estão a emitir alertas cada vez mais fortes sobre a necessidade de baixar a inflação. As taxas de juro dispararam em todo o mundo; curiosamente, desta vez as taxas na Europa aumentaram mais do que as dos EUA, em resposta a um BCE decididamente determinado. Um pouco ameaçadoramente, as taxas periféricas europeias foram as que mais aumentaram. No meio da queda da bolsa, o Dólar americano recuperou o seu estatuto de porto seguro de eleição para os investidores e subiu em relação a todas as principais moedas mundiais.

A reunião da Reserva Federal de amanhã será o evento a observar nos mercados cambiais. Na sequência dos números pouco animadores da inflação dos EUA, conhecidos na sexta-feira, os mercados contam com uma probabilidade de 25% de um aumento de 75 p.b.. A reunião do Banco de Inglaterra será também uma reunião para “bater pedra”, com os mercados uniformemente divididos entre expectativas de subida de 25 e 50 pontos de base. Em todo o lado os bancos centrais estão a preparar-se para a guerra contra a inflação, e a velocidade a que as taxas aumentam nas várias regiões será o principal motor das movimentações monetárias a curto e médio prazo.

EUR

A reunião de Junho do BCE na semana passada veio mostrar que os “falcões” estão a ganhar ímpeto. Foi anunciado que a compra de obrigações soberanas vai terminar no dia 1 de julho e, mais importante ainda, foi feito um compromisso muito pouco habitual de uma subida de 25 p.b. em julho e de 50 p.b. em setembro. Para além da inflação elevada, o BCE tem agora de se preocupar com os spreads periféricos, que dispararam acentuadamente na semana passada. Contudo, em termos históricos, os rendimentos periféricos permanecem bastante baixos, e o banco central assinalou que, pelo menos por agora, a batalha contra a inflação tem prioridade.

Esta semana não há notícias da Zona Euro na calha que sejam determinantes para os mercados, pelo que as atenções permanecerão viradas para o outro lado do Atlântico, para a reunião de junho da Reserva Federal.

USD

Os dados de sexta-feira sobre a inflação dos EUA não foram boas notícias para a Reserva Federal. Foi registado mais um máximo histórico em várias décadas de 8,6%, arrasando as expectativas de que a inflação tinha atingido o seu pico há alguns meses atrás. A inflação de base também foi mais elevada do que o esperado e as pressões sobre os preços estão a acelerar e a generalizar-se. Particularmente preocupante é a aceleração da inflação na habitação, que tende a ser uma das componentes mais persistentes do índice.

A reação do mercado foi a que seria previsível: vender tudo e comprar Dólares americanos. Cabe agora à Reserva Federal validar as expectativas muito elevadas do mercado. Mesmo uma subida de 50 p.b. e uma conferência de imprensa dura poderão não ser suficientes para sustentar a subida do Dólar.

GBP

A Libra esterlina negociou bastante bem na semana passada. Caiu em relação ao Dólar, mas subiu em relação a todas as outras moedas do G10, num sinal de que o mercado pode já estar muito curto em relação à Libra e que muitas das más notícias já foram absorvidas. Uma revisão positiva invulgarmente alta do índice PMI da atividade empresarial para maio também ajudou, sugerindo que o pessimismo do Banco de Inglaterra em relação à economia do Reino Unido pode ser exagerado.

Esta quinta-feira esperamos uma subida de 25 pontos base, mas deverá haver suficiente discordância entre os membros do Comité de Política Monetária, apelando, em vez disso, a uma subida de 50 p.b. para dar apoio à Libra.

 

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