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Dólar sobe com a inflação a disparar em flecha

( tempo de leitura: 3 minutos )

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20 Setembro 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A Reserva Federal recebeu uma surpresa desagradável na semana passada, sob a forma de uma inflação mais acentuada do que o esperado e sem qualquer indício de que as pressões sobre os preços estejam a diminuir.

O
s rendimentos do Tesouro dos EUA dispararam e estão agora à beira do nível de 3,5%, o mais alto desde 2011. Os ativos de risco foram afetados e o Dólar subiu acentuadamente em relação a todas as outras principais moedas, tanto em termos de rendimentos mais elevados como de fluxos para refúgios seguros. No G10, moedas de
“commodities” como o Dólar australiano, neozelandês e canadiano tiveram o pior desempenho, enquanto o Franco suíço e o Iene japonês terminaram a semana quase
inalterados em relação ao “rei” Dólar. O Euro resistiu surpreendentemente bem, em termos relativos, impulsionado pelos sucessos militares ucranianos e alguns sinais de que a crise energética na Europa está a abrandar.

Esta semana tudo gira em torno das reuniões dos bancos centrais. A reunião da Reserva Federal na quarta-feira domina o calendário, mas a Suécia (terça-feira) e o Japão, o Reino Unido, a Suíça e a Noruega (quinta-feira) também vão ver os seus bancos centrais reunir-se. Espera-se que todos, à exceção do Banco do Japão, aumentem significativamente as taxas e transmitam mensagens fortes. Tanto o Fed como o Banco de Inglaterra deverão aprovar grandes subidas, de 75 e 50 p.b., respetivamente, ao mesmo tempo que se mantêm firmes e garantem aos mercados que estão focados exclusivamente em controlar a inflação. Estamos provavelmente num ponto em que qualquer mensagem de fraqueza de um banco central fará afundar a sua moeda.

EUR

A semana passada foi fraca em notícias macroeconómicas da Zona Euro, mas os preços do gás natural e da eletricidade assinalaram um potencial abrandamento da crise energética na Europa, o que foi positivo para o Euro, pelo menos em termos relativos. A reunião da Reserva Federal irá provavelmente guiar a negociação do Euro esta semana, pelo menos até sexta-feira, quando obtivermos os tão aguardados índices PMI da atividade empresarial.

As expectativas são bastante baixas e as probabilidades de uma surpresa positiva não são elevadas. Os oradores do BCE no Bundesbank Open Day irão provavelmente manter-se fiéis ao tom aguerrido adotado recentemente pela instituição, mantendo uma pressão ascendente sobre as taxas e talvez também sobre a moeda.

USD

Um relatório de inflação inequivocamente mau irá certamente manter a pressão sobre a Reserva Federal para outra enorme subida de 75 p.b. esta semana, e os mercados estão a apostar numa probabilidade de 20% de um movimento de 100 p.b. quase sem precedentes. Sinais anteriores de um abrandamento das pressões inflacionistas esbateram-se e este índice fundamental parece estar a estabilizar-se em torno de um nível elevado de 6%.

As expectativas para o pico da taxa do Fundo Federal são agora de cerca de 4,5%. A subida do Dólar era de esperar, embora seja de sublinhar que as expectativas para a reunião de quarta-feira são tão elevadas que mesmo uma ligeira desilusão poderia resultar numa desvalorização significativa do Dólar.

GBP

A Libra esterlina teve mais uma semana difícil, esmagada não só pela escalada do Dólar mas também por um relatório de vendas a retalho muito fraco, que mostrou que o pico da inflação está a resultar num volume inferior de bens efetivamente vendidos.

A resposta inevitável a uma inflação elevada e a um mercado de trabalho ainda muito apertado é a continuação das subidas do Banco de Inglaterra, mas os investidores estarão muito atentos às comunicações do CPM após a decisão. A divulgação na sexta-feira dos índices PMI provisórios da atividade empresarial para setembro culminam uma semana muito agitada para a Libra esterlina.

 

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