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Dólar recupera num contexto de aversão ao risco e segunda onda de COVID na Europa

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28 Setembro 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A quantidade de vendas especulativas em dólares reverteram finalmente o sentido da evolução da moeda na semana passada.

A
crescente aversão ao risco, mercados acionistas em queda e o agravamento dos números da COVID na Europa ofereceram o cenário perfeito para uma subida significativa do Dólar americano, que na semana passada registou uma valorização face às principais moedas mundiais. A única exceção foi a Lira turca, que recuperou ligeiramente depois de o banco central do país ter cedido à realidade e subido as taxas para combater a inflação.

Um fator difícil de avaliar no atual contexto de crescente incerteza e aversão ao risco são os receios relativamente ao resultado das eleições presidenciais americanas de novembro, particularmente a possibilidade de uma eleição disputada. A nosso ver, até agora teve um impacto modesto, e a razão do nervosismo do mercado tem mais a ver com a segunda vaga COVID na Europa e a inevitabilidade de algum tipo de correção após a escalada dos ativos de risco durante o verão.

O relatório sobre o mercado laboral americano de setembro e as estimativas sobre a inflação da Zona Euro, ambos publicados na sexta-feira, constituirão a principal fonte de dados macroeconómicos esta semana. Até lá, estaremos atentos aos números diários de novos contágios nos principais países europeus para ver se a segunda vaga começa a ceder.

EUR

Os números dececionantes dos índices de atividade empresarial PMI de setembro contribuíram para o sentimento geral de desânimo que se instalou sobre as perspetivas da Zona Euro nas últimas duas semanas, influenciado principalmente pela segunda vaga de contágios da Covid no Continente. Após o grande choque negativo no mês anterior, a publicação de setembro das estimativas rápidas da inflação constituirá a principal fonte de dados esta semana. Não se espera uma recuperação dos mínimos históricos atuais. Além disso, a sombra das apostas especulativas sobre o Euro ainda não se dissipou de forma expressiva. Embora continuemos otimistas em relação à moeda comum a médio prazo, não nos surpreenderia se assistíssemos a algumas dificuldades esta semana.

 

GBP

Na semana passada, a Libra evoluiu de forma mais favorável do que os seus pares, tendo ainda assim registado perdas face ao Dólar americano. Ainda se espera que, no último minuto, se chegue a um acordo relativamente ao Brexit e houve algum retrocesso por parte do Banco de Inglaterra relativamente às taxas negativas. A nossa perspectiva continua a ser de algum tipo de acordo de mínimos no último minuto, o que significa que é provável que a Libra esterlina se mantenha em torno dos níveis atuais em relação ao Dólar americano, e que ao mesmo tempo talvez recupere modestamente face ao Euro.

 

USD

Na semana passada ficou claro que o Dólar está longe de perder a sua atratividade como proteção contra o risco. A fuga generalizada para mercados de refúgio resultou numa forte recuperação do Dólar. Os dados semanais do desemprego mais fracos do que o esperado não pareceram afetar o Dólar, mas vemos algum risco de que uma surpresa negativa semelhante no crítico relatório mensal de sexta-feira à tarde possa ter um impacto mais duradouro. Até lá, os mercados deverão ser influenciados por notícias sobre a possível aprovação de propostas de lei com medidas de estímulo de menor escala.

 

 

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