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Dólar dispara após postura “hawkish” da Reserva Federal

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21 Junho 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

A Reserva Federal aplicou, na semana passada, um corretivo sério ao mercado financeiro em ebulição.

N
o mês passado o “dot plot” pareceu indicar que a maioria dos membros espera que as subidas ocorram o mais tardar até finais de 2023, uma antecipação face às expectativas do mês passado que apontavam para meados de 2024. As taxas de juro de curto prazo nos EUA dispararam acima do esperado e o Dólar norte-americano valorizou, enquanto os mercados anteciparam que a Reserva Federal não será tão tolerante à inflação quanto esperavam.

Para já, os mercados estão a reagir exatamente de acordo com o que se esperaria após uma surpresa em relação à postura hawkish. As taxas reais estão a subir, as expetativas de inflação decrescem, os ativos de risco estão a desvalorizar e o Dólar americano é rei, sem qualquer sombra de dúvida. Apenas o Real brasileiro, entre as principais moedas, conseguiu ultrapassar o Dólar na semana passada. Esta semana, as atenções estarão centradas numa verdadeira tempestade de discursos e comunicações de funcionários da Reserva Federal, quase uma dúzia deles ao longo da semana. Os mercados tentarão esclarecer o alcance e as condições do caminho hawkish da Reserva Federal. Na frente macroeconómica, serão divulgados os índices das atividades empresariais do PMI da Zona Euro e do Reino Unido, mas estamos a contar com valores fortes, pelo que o impacto no mercado deverá ser limitado. Por fim, a reunião de junho do Banco de Inglaterra terá lugar na quinta-feira.

GBP

O Reino Unido foi alvo de mais uma série de notícias económicas positivas. Em maio o desemprego caiu acentuadamente, enquanto o crescimento salarial acelerou. A inflação manteve-se no caminho que tem vindo a percorrer em todo o mundo, surpreendendo pela positiva. Mas nada disto teve grande impacto já que os mercados reagiram positivamente à postura hawkish da Reserva Federal. A reunião do Banco de Inglaterra esta semana será bastante mais interessante na sequência dessa postura. Acreditamos que o Comité de Política Monetária poderá seguir nos passos da Reserva Federal, pelo menos em termos retóricos, consequentemente apoiando a Libra, principalmente face ao Euro.

 

EUR

O sólido ganho mensal em maio da produção industrial na Zona Euro foi completamente ofuscado pela reunião da Reserva Federal. A valorização do Dólar foi exacerbada, no caso do Euro, pela compensação das posições longas que os investidores tinham acumulado até à reunião da Reserva Federal. Os dados provisórios dos índices de atividade empresarial PMI devem permanecer extremamente elevados, uma vez que a atividade aumenta à custa do levantamento das medidas de confinamento, mas o seu impacto no mercado deve ser limitado, uma vez que os mercados se concentram nos comentários e discursos dos interlocutores da Reserva Federal.

 

USD

A curva mais suave nos indicadores económicos de segundo nível fora dos EUA foi completamente ignorada pelos mercados após a comunicação surpreendentemente hawkish da Reserva Federal na semana passada. Além de que o “dot plot” parece sugerir que a Reserva Federal irá antecipar o seu calendário de subidas. A conferência de imprensa do presidente Powell sugeriu ainda que a Reserva Federal tem muito menos tolerância à inflação acima do objetivo do que as comunicações anteriores tinham levado os mercados a assumir. Em termos mais gerais, a Reserva Federal parece partilhar a nossa opinião de que as principais restrições de curto e médio prazo ao crescimento dos EUA estão do lado da oferta e não do lado da procura. Aguardamos pelos vários discursos da Reserva Federal esta semana para esclarecer esta mudança de perspetiva, mas poderemos ter que rever as nossas previsões nas próximas duas semanas.

 

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