Dólar desvaloriza enquanto investidores apostam nos ativos de risco

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15 Fevereiro 2021

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Na semana passada os mercados financeiros mantiveram a mesma tendência. Os ativos de crédito e as ações valorizaram, os preços das matérias-primas dispararam e o Dólar manteve-se fraco, embora com progressos moderados.

P
owell deixou claro que a Reserva Federal continuará a pecar pelo excesso de estímulos durante o futuro próximo, e a administração de Biden parece estar a seguir o mesmo caminho e a pressionar o BCE e os governos europeus a fazerem o mesmo.

Os principais índices PMI da atividade económica estão na ribalta esta semana. As primeiras análises dos níveis de atividade em fevereiro serão publicadas na sexta-feira nos EUA, Reino Unido e Zona Euro. Antecipamos uma surpresa positiva da parte dos índices britânicos e da Zona Euro e que os americanos se vão manter fortes. Se a nossa análise estiver correta, a próxima semana deverá ser bastante positiva para os ativos de risco em geral e para as moedas dos mercados emergentes em particular.

GBP

A Libra ainda está a ser comercializada com valores mais altos, impulsionada pelo sucesso da distribuição da vacina no Reino Unido. Na semana passada, a notícia de que o Reino Unido tinha evitado uma contração no último trimestre de 2021 lançou mais lenha na corrida da Libra, sugerindo que os últimos confinamentos têm sido menos nocivos do que se antecipara. A Libra teve um desempenho superior ao de todos os seus pares do G10, com a exceção do Dólar australiano. Para além dos dados PMI acima referidos, esta semana são também publicados os dados sobre a inflação de janeiro. Prevemos, em geral, que surpreendam de forma positiva, pelo que na próxima semana a Libra poderá ter um desempenho sólido.

 

EUR

Na semana passada, não houve muitas publicações, pelo que os mercados se concentraram nas aparentes boas notícias vindas de Itália, onde o antigo presidente do BCE Draghi conseguiu formar governo, estimulando deste modo algum apetite pelas obrigações italianas. O Euro valorizou ligeiramente face ao Dólar, tal como a maioria das moedas do G10. Nesta semana, as atenções estarão concentradas no ritmo da vacinação em toda a Zona Euro, para além dos dados provisórios dos índices de atividade empresarial PMI, que, tal como referimos em cima, irão supreender positivamente, à medida que as empresas se ajustam às restrições do confinamento e a procura reprimida acumula.

 

USD

Powell explicou a postura conservadora da Reserva Federal num discurso proferido em Nova Iorque na semana passada. Em termos orçamentais, a administração de Biden está a fazer tudo por tudo para aprovar um pacote de estímulos substancial. Neste contexto, é impressionante como o Tesouro americano conseguiu emitir obrigações do tesouro em grandes quantidades na semana passada sem que o preço se tivesse ressentido, embora as obrigações tenham desvalorizado no final das negociações de sexta-feira. Para além dos índices PMI, que nos Estado Unidos da América têm menos importância do que nas outras partes do mundo, acreditamos que é a altura de começar a prestar atenção aos mercados de obrigações americanas. Acreditamos que a detenção de instrumentos de dívida dos EUA, cujo rendimento está consideravelmente abaixo da inflação na atual conjuntura política, será cada vez mais posta em causa.

 

 

 

 

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