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Desvalorização do Dólar continua enquanto crescem as esperanças de recuperação

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1 Junho 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os ativos de risco a nível mundial cresceram impulsionados pelo otimismo sobre a recuperação económica após o confinamento decorrente da pandemia.

O
s países estão a abrir as suas economias, até agora com poucos sinais de saltos significativos nas taxas de contágio. Uma série de políticas de apoio monetárias, fiscais e de crédito está agora a atingir a maioria das economias avançadas, e os dados começam a refletir este facto. Neste contexto, as ações e o crédito continuam a subir e os investidores continuam a deitar abaixo o Dólar americano. É difícil dizer quanto do fraco desempenho do Dólar se deve ao seu papel de porto seguro que desempenha em tempos de otimismo do mercado e quanto se deve à enorme expansão monetária e fiscal a que estamos a assistir nos EUA, que até agora anula as reações da maioria dos outros países. As próximas semanas deverão ajudar a clarificar esta questão.

Esta semana, os dados sobre o emprego não agrícola de abril nos EUA, divulgados na sexta-feira, deverão continuar a pintar um quadro sombrio da situação do mercado de trabalho americano. O contraste com a Zona Euro, onde a destruição de postos de trabalho tem sido muito menor e cujos índices de atividade empresarial PMI continuam a apontar para um fundo económico à vista, pode ser o combustível para nova subida do Euro. A reunião do BCE, na quinta-feira, é também fundamental para o desempenho do Euro esta semana.

 

EUR
Na semana passada, a Comissão Europeia chegou a acordo quanto a um vasto pacote de subvenções e empréstimos para apoiar a recuperação económica, num total de 750 mil milhões de euros que acrescem a todas as medidas anunciadas até agora. Esperamos que o BCE aumente esta onda de apoio, alargando o programa PEPP para a compra de dívida soberana de 750 mil milhões de euros para 1,25 biliões de dólares, o que garantiria que as obrigações emitidas pelo pacote comunitário acima descrito pudessem ser colocadas mais facilmente nos mercados. Globalmente, esperamos que a subida do Euro prossiga a curto prazo.

GBP
Contamos que as revisões do PMI esta semana sejam mais uma prova de que a economia do Reino Unido continua a recuperar do confinamento. As negociações do Brexit começam agora a voltar ao centro das atenções. Continuamos a esperar que o Reino Unido solicite e receba um adiamento de um ano, em junho, na medida em que o Governo de Johnson precisa de se concentrar na recuperação da pandemia. Uma vez dissipados os receios de falta de acordo, a Libra deverá voltar a atingir níveis mais próximos dos habituais.

USD
O rendimento pessoal nos EUA aumentou 10,5% em abril, o maior aumento mensal da história. Este aumento foi impulsionado pelas medidas de estímulo agressivas, incluindo suplementos de desemprego e prestações pecuniárias. As medidas de confinamento, no entanto, significaram que este dinheiro não pôde ser gasto e as despesas pessoais sofreram uma queda de dois dígitos. Esta poupança forçada pode, na verdade, ser um fator positivo, na medida em que constitui uma acumulação de procura reprimida para quando as medidas de confinamento forem retiradas. Embora se preveja que o relatório de abril sobre o emprego seja desastroso, as medidas semanais parecem ser um bom sinal. Os pedidos de subsídio de desemprego, em particular, registaram uma queda inesperada na semana passada no valor de 3,8 milhões. A chave para o Dólar nas próximas semanas será saber se a queda recente se deve inteiramente ao aumento do apetite pelo risco ou se os investidores começam a recear a enorme expansão da base monetária nos EUA em resposta à crise.

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