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Desvalorização do Dólar acelera; prazo para o Brexit aproxima-se

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7 Dezembro 2020

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

Os investidores serviram-se da notícia de que o Congresso dos EUA e o Presidente Trump estão prestes a acordar um novo pacote de incentivos como desculpa para comercializar o Dólar abaixo das principais moedas mundiais.

E
isto incluiu a Libra, não obstante o crescente nervosismo à medida que os prazos do Brexit chegam ao fim com um acordo ainda por alcançar. Para além do G10, as moedas dos mercados emergentes tiveram uma semana em grande, com as moedas da América Latina a liderar.

O Real brasileiro, por exemplo, valorizou mais de 4% face ao Dólar graças aos rendimentos relativamente altos que os investidores conseguem ainda obter fora do perímetro das economias desenvolvidas.

Na próxima semana as atenções estarão muito provavelmente centradas na Europa. As negociações para a saída do Reino Unido da UE ainda estão em aberto, com os direitos de pesca e as garantias de igualdade de condições para a UE ainda a colocar entraves. O BCE tem agendada para quinta-feira uma reunião crucial para a qual os mercados antecipam um alargamento das medidas de estímulo para a economia da Zona Euro. Pensamos que os dados sobre a inflação nos EUA a saírem na quinta-feira poderão ser mais significativos do que é habitual, pois as expetativas do mercado para a inflação americana no futuro aumentaram significativamente nas últimas semanas.

GBP

As negociações para o Brexit prolongaram-se pelo fim de semana fora. No meio do ruído e dos rumores, à data em que escrevemos este relatório, surgiram informações de que foram alcançados progressos em matéria de direitos de pesca da UE em águas do Reino Unido, restando as garantias iguais para a UE como o principal obstáculo. A Libra tem-se revelado muito resistente ao impasse, o que nos faz pensar que os investidores concordam connosco que as conversações deverão produzir um acordo modesto. O principal acontecimento da semana será a publicação na sexta-feira dos números do crescimento do PIB no terceiro trimestre, mas é possível que os mercados ignorem a notícia sobre eventos passados e concentrem as atenções nas últimas notícias sobre as negociações.

 

EUR

Avizinha-se uma semana crítica para a moeda comum. Para além da reunião do BCE na quinta-feira, a Cimeira da UE terá lugar na quinta e sexta-feira. Apesar de existirem rumores de que a Hungria e a Polónia poderão vetar o pacote de resgate fiscal contra a pandemia por causa das condições relacionadas com o Estado de direito, duvidamos que tal venha a concretizar-se. Existem mais dúvidas quanto às conclusões da reunião do banco central. A nosso ver, o BCE poderá surpreender os mercados com um discurso mais conservador. Considerando que a valorização incessante do Euro terá atingido o limite, pensamos que existe espaço para retrocesso se a situação acima vier a verificar-se.

 

USD

O Dólar continuou a desvalorizar na semana passada. Dados de um mercado laboral fraco não ajudaram o Dólar. O relatório sobre o emprego não agrícola de novembro ficou abaixo das expetativas. O desemprego caiu 0,2% para 6,7%, como era de esperar, mais devido à diminuição do nível de participação da população ativa, o tipo “mau” de queda do desemprego. O relatório é consistente com os números sobre o subsídio de desemprego das últimas semanas, e aponta para o abrandamento da recuperação da crise do mercado do trabalho. Este abrandamento aumenta as hipóteses do Congresso aprovar um novo pacote de estímulos, mas os mercados preveem que as medidas produzam um efeito ligeiramente inflacionista e estão a reagir a uma maior probabilidade de haver um novo pacote com a desvalorização do Dólar, pelo menos por enquanto.

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