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Agravamento da crise energética deita Euro abaixo nas últimas horas de sexta-feira

( tempo de leitura: 3 minutos )

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5 Setembro 2022

Escrito por
Enrique Díaz-Álvarez

Diretor de Riscos Financeiros da Ebury

O Euro parecia estar prestes a fechar a semana passada com um desempenho positivo, impulsionado pelas expectativas de um BCE duro e de um relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA que fazia crer ao Fed que as pressões poderiam ser aliviadas

M
as o anúncio feito pela Gazprom de que ia cortar o fornecimento de gás à Europa Ocidental por tempo indeterminado na sexta-feira fez desabar o Euro e, aliás, a maioria das moedas, em relação ao Dólar. Esta notícia torna mais real a perspetiva de uma escassez generalizada da energia na Europa e aumenta os receios de recessão.

Um choque no fornecimento de energia numa altura em que o desemprego é reduzido e as pressões inflacionistas se mantêm a níveis recorde coloca um desafio invulgarmente difícil para a reunião do BCE na quinta-feira. Os investidores estão à espera de uma decisão de equilíbrio entre subidas de 50 ou 75 p.b., enquanto o BCE tenta compensar o tempo perdido. O choque do gás na semana passada acrescenta ainda mais incerteza à decisão. Não há muitas notícias nos EUA numa semana mais pequena pelo feriado, mas a corrida à liderança para suceder a Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido deverá acrescentar alguma volatilidade à Libra esterlina.

EUR

Os dados da inflação da semana passada confirmaram que o BCE enfrenta talvez uma tarefa mais difícil do que qualquer dos maiores bancos centrais do mundo. A inflação voltou a surpreender pela subida, tanto no índice global como no subjacente e, em ambos os casos, bateu outro recorde histórico para a Zona Euro.

A reunião do BCE é talvez a mais crítica deste ano. Os números da inflação são desastrosos e o banco central está claramente a deixar-se ficar para trás. Por outro lado, o choque energético que resulta da dependência da Europa Central em relação ao gás russo é diferente do verificado em qualquer outro lugar. Pensamos que o BCE ainda vai subir 75 p.b., uma vez que o nível das taxas na Zona Euro está irremediavelmente desfasado em relação aos seus pares e à realidade económica e não há muito que a política monetária possa fazer para fazer aparecer o gás e aliviar a escassez.

USD

O relatório sobre o mercado de trabalho trouxe um alívio bem-vindo à Reserva Federal. Enquanto a criação de emprego continua a bom ritmo, dissipando os receios de uma recessão nos EUA, a força de trabalho cresceu e os salários subiram menos do que o esperado. Isto indica que a procura de mão-de-obra continua forte, como confirmado pelo relatório JOLTS sobre as ofertas de trabalho no início da semana, mas isto resulta mais num aumento da dimensão da força de trabalho do que numa espiral salarial.

Como consequência, as taxas baixaram nos EUA e a semana teria sido difícil para o Dólar se não tivesse sido salvo na sexta-feira, pouco antes da hora de fecho de Nova Iorque, pelo anúncio da Gazprom sobre a suspensão por tempo indeterminado do fornecimento de gás.

GBP

Vários dados de segundo nível sobre o Reino Unido revelaram ser mais fortes do que o esperado: vendas a retalho, preços das casas e aprovações de créditos hipotecários, para além da revisão em alta do índice PMI da atividade industrial. Nada disto foi particularmente útil para a Libra, que continuou a seguir o Euro no seu caminho descendente em relação ao Dólar americano, mas parece indicar que aqueles que acenavam com uma recessão no imediato se precipitaram um pouco.

Esta semana, o foco está no resultado das eleições no Partido Conservador. Se o vencedor for Liz Truss, é provável que a notícia seja positiva para a Libra, pelo menos a curto prazo: despesas orçamentais adicionais, mais protecionismo comercial e, por conseguinte, uma política monetária mais apertada. Esta é uma mistura que se tem revelado historicamente positiva para as moedas.

 

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